Exame Logo

Jornalista eslovaco pode ter sido atacado por causa do trabalho

Polícia investiga que Jan Kuciak foi assassinado por causa de reportagens sobre casos de fraude envolvendo empresários com conexões com o partido governista

Assassinato: jornalista da Eslováquia morto a tiros com a namorada provavelmente foi atacado devido a seu trabalho investigativo, disse a polícia (Thinkstock/Thinkstock)
R

Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 16h58.

Praga - Um jornalista da Eslováquia morto a tiros com a namorada provavelmente foi atacado devido a seu trabalho investigativo, disse a polícia nesta segunda-feira, um caso que chocou o pequeno país do centro da Europa e ressaltou as preocupações do público com a corrupção.

Jan Kuciak, de 27 anos, fez reportagens para o site de notícias Aktuality.sk a respeito de casos de fraude, muitas vezes envolvendo empresários com conexões com o partido governista eslovaco e outros políticos. Ele e sua namorada foram encontrados mortos no domingo em sua casa em Velka Maca, 65 quilômetros a leste da capital Bratislava.

Veja também

O publisher do Aktuality, Axel Springer, repudiou o " assassinato cruel" do jornalista, e o grupo internacional Repórteres Sem Fronteiras disse estar chocado.

Os líderes eslovacos prometeram levar os autores à justiça, e o governo ofereceu uma recompensa de um milhão de euros por informações que levem a uma prisão.

"Parece que a versão mais provável é um motivo ligado ao trabalho investigativo do jornalista", disse o chefe da polícia eslovaca, Tibor Gaspar, em uma coletiva de imprensa televisionada.

A última reportagem de Kuciak para o Aktuality, de 9 de fevereiro, analisou transações de empresas ligadas ao empresário Marian Kocner e conectadas a um complexo de apartamentos de luxo de Bratislava que se tornou o centro de um escândalo político no ano passado.

Não foi possível contatar Kocner para obter comentários nesta segunda-feira, mas ele disse à emissora pública eslovaca que não tem ligação com o caso.

Acompanhe tudo sobre:AssassinatosCorrupçãoMortes

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame