Jornalista admite que encomendou grampo do príncipe William
Clive Goodman admitiu que pediu a um detetive para grampear os telefones dos príncipes William e Harry, assim como os de seus ajudantes
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2014 às 13h11.
Londres - Clive Goodman, ex-correspondente de realeza do já desaparecido periódico britânico "News of the World", admitiu nesta terça-feira que pediu a um detetive para grampear os telefones dos príncipes William e Harry, assim como os de seus ajudantes.
Goodman explicou em um tribunal que contratou a título pessoal por 500 libras por semana (600 euros) ao detetive Glenn Mulcaire - que já trabalhava para o jornal - para que interceptasse do móvel de membros da família real do Reino Unido , a fim de obter exclusivas informativas.
Durante a sessão de hoje perante o tribunal penal londrino de Old Bailey, que julga a vários acusados pelo caso das escutas, o júri conseguiu ouvir uma das mensagens furados por Mulcaire em 2006, neste caso de William a sua então namorada Kate Middleton .
Na mensagem de voz, encontrada em um microgravador em um apartamento de Goodman, se ouve o príncipe, que então estava na academia militar de Sandhurst, dizer: "Espero sair no máximo às sete".
E depois: "Minha intenção é definitivamente sair por volta das sete para estar com você às oito no máximo".
Goodman e Mulcaire já cumpriram pena em 2007 pela intercepção de celulares da família real, no que na época o "News of the World" descreveu como um caso isolado de má prática dentro do periódico.
O ex-setorista da realeza, que foi demitido após ser preso, disse hoje que os grampos de telefones eram feitos "em escala industrial" no jornal e inclusive entre empregados, devido à grande competitividade que existia.
Assegurou que seu pacto pessoal com Mulcaire, que também tinha acordos com outros importantes jornalistas do dominical, ia a durar em princípio só um par de meses, desde outubro de 2005, mas continuou até a detenção de ambos em 2006.
Em seu terceiro dia de depoimentos, Goodman deu exemplos de informações que obteve graças à intercepção de telefones, como a que William havia ficado bêbado na cerimônia de graduação da academia militar de seu irmão Enrique e que este tinha pedido a seu secretário pessoal que o ajudasse a terminar os deveres de Sandhurst.
Goodman é acusado no julgamento de subornar funcionários, crime que ele nega, e explicou em sessões anteriores que os contatos que tinha da família real lhe foram facilitados em sua maioria por pessoas próximas e inclusive pela falecida princesa Diana, mãe de William e Harry.
Sete pessoas são acusadas no julgamento, entre eles os ex-diretores do "News of the World" Rebekah Brooks e Andy Coulson, acusados de interceptar celulares, subornar cargos públicos e obstruir a justiça, crimes que também negam.
"News of the World", um dos tablóides mais rentáveis da história do Reino Unido e de propriedade de Rupert Murdoch, foi fechado em julho de 2011 após a detenção de vários empregados ao ser comprovado o alcance da prática das escutas, que afetou famosos e cidadãos correntes.
Por causa do escândalo, o primeiro-ministro, David Cameron, ordenou uma investigação sobre as práticas da imprensa que levou à aprovação de um novo organismo autorregulador para o setor.
No entanto, os periódicos nacionais rejeitaram a proposta governamental e propuseram um modelo alternativo, ao considerar que o oficial atenta contra a liberdade de expressão.
Londres - Clive Goodman, ex-correspondente de realeza do já desaparecido periódico britânico "News of the World", admitiu nesta terça-feira que pediu a um detetive para grampear os telefones dos príncipes William e Harry, assim como os de seus ajudantes.
Goodman explicou em um tribunal que contratou a título pessoal por 500 libras por semana (600 euros) ao detetive Glenn Mulcaire - que já trabalhava para o jornal - para que interceptasse do móvel de membros da família real do Reino Unido , a fim de obter exclusivas informativas.
Durante a sessão de hoje perante o tribunal penal londrino de Old Bailey, que julga a vários acusados pelo caso das escutas, o júri conseguiu ouvir uma das mensagens furados por Mulcaire em 2006, neste caso de William a sua então namorada Kate Middleton .
Na mensagem de voz, encontrada em um microgravador em um apartamento de Goodman, se ouve o príncipe, que então estava na academia militar de Sandhurst, dizer: "Espero sair no máximo às sete".
E depois: "Minha intenção é definitivamente sair por volta das sete para estar com você às oito no máximo".
Goodman e Mulcaire já cumpriram pena em 2007 pela intercepção de celulares da família real, no que na época o "News of the World" descreveu como um caso isolado de má prática dentro do periódico.
O ex-setorista da realeza, que foi demitido após ser preso, disse hoje que os grampos de telefones eram feitos "em escala industrial" no jornal e inclusive entre empregados, devido à grande competitividade que existia.
Assegurou que seu pacto pessoal com Mulcaire, que também tinha acordos com outros importantes jornalistas do dominical, ia a durar em princípio só um par de meses, desde outubro de 2005, mas continuou até a detenção de ambos em 2006.
Em seu terceiro dia de depoimentos, Goodman deu exemplos de informações que obteve graças à intercepção de telefones, como a que William havia ficado bêbado na cerimônia de graduação da academia militar de seu irmão Enrique e que este tinha pedido a seu secretário pessoal que o ajudasse a terminar os deveres de Sandhurst.
Goodman é acusado no julgamento de subornar funcionários, crime que ele nega, e explicou em sessões anteriores que os contatos que tinha da família real lhe foram facilitados em sua maioria por pessoas próximas e inclusive pela falecida princesa Diana, mãe de William e Harry.
Sete pessoas são acusadas no julgamento, entre eles os ex-diretores do "News of the World" Rebekah Brooks e Andy Coulson, acusados de interceptar celulares, subornar cargos públicos e obstruir a justiça, crimes que também negam.
"News of the World", um dos tablóides mais rentáveis da história do Reino Unido e de propriedade de Rupert Murdoch, foi fechado em julho de 2011 após a detenção de vários empregados ao ser comprovado o alcance da prática das escutas, que afetou famosos e cidadãos correntes.
Por causa do escândalo, o primeiro-ministro, David Cameron, ordenou uma investigação sobre as práticas da imprensa que levou à aprovação de um novo organismo autorregulador para o setor.
No entanto, os periódicos nacionais rejeitaram a proposta governamental e propuseram um modelo alternativo, ao considerar que o oficial atenta contra a liberdade de expressão.