Mundo

Jordânia ameaça tomar medidas contra Israel por incidentes

O porta-voz do Executivo jordaniano afirmou que seu governo "tomará todas as medidas diplomáticas e legais se Israel não parar sua agressão flagrante"


	Protesto na Jordânia contra a polícia israelense: centenas de pessoas se manifestaram nas ruas de Amã e pediram a expulsão do embaixador israelense na Jordânia, assim como o fim do acordo de paz com Israel
 (Reuters / Majed Jaber)

Protesto na Jordânia contra a polícia israelense: centenas de pessoas se manifestaram nas ruas de Amã e pediram a expulsão do embaixador israelense na Jordânia, assim como o fim do acordo de paz com Israel (Reuters / Majed Jaber)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2015 às 16h17.

Amã - O governo da Jordânia ameaçou nesta sexta-feira tomar medidas contra Israel pelas recentes incursões de suas forças na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, enquanto centenas de cidadãos se manifestaram nas ruas de Amã para pedir o fim das relações com esse país.

O porta-voz do Executivo jordaniano, Mohammed Mumani, afirmou em comunicado que seu governo "tomará todas as medidas diplomáticas e legais se Israel não parar sua agressão flagrante".

Além disso, a Jordânia advertiu Israel "das duras consequências de sua atuação, que é inaceitável para todos os muçulmanos e que representa uma ameaça sem precedentes, e transgride a lei e tratados internacionais", segundo a nota.

A Esplanada das Mesquitas, situada em Jerusalém Oriental e ocupada por Israel em 1967, é o terceiro lugar mais sagrado do islã e a Jordânia tem a custódia deste santuário, segundo o tratado de paz entre ambos países de 1994.

Por outra parte, centenas de pessoas se manifestaram nas ruas de Amã e pediram a expulsão do embaixador israelense na Jordânia, assim como o fim do acordo de paz com Israel.

Os manifestantes também denunciaram o que qualificaram de "inação" dos governos árabes e muçulmanos frente à violência registrada na Esplanada, onde a polícia israelense entrou em repetidas ocasiões nas últimas semanas e enfrentou fiéis muçulmanos.

As manifestações foram convocadas por sindicatos e grupos políticos e sociais, e saíram do edifício onde ficam os escritórios das associações profissionais para chegar até a sede do governo jordaniano.

O presidente do Comitê para a Defesa dos Santos Lugares Islâmicos, Abdullah Obeidat, pediu aos países árabes e muçulmanos que assumam "suas responsabilidades na hora de defender a Mesquita de Al-Aqsa e os palestinos que a estão defendendo contra os israelenses".

Manifestantes palestinos enfrentaram recentemente forças de segurança israelenses na Esplanada das Mesquitas e seus arredores, e acusaram Israel de permitir a entrada de judeus no recinto sagrado, que eles denominam como Monte do Templo.

Há duas semanas, cerca de 50 deputados jordanianos instaram seu governo a expulsar de Amã o embaixador israelense e a "revisar" o tratado de paz, em protesto pelo aumento da violência em Jerusalém e na Cisjordânia.

Acompanhe tudo sobre:JerusalémJordâniaPalestina

Mais de Mundo

Turismo na Itália: Governo estuda cobrar 25 euros por noite para combater excesso de visitantes

Venezuela liberta adolescentes detidos em protestos após eleições

Polônia relembra os 85 anos do início da Segunda Guerra Mundial

Partido de extrema direita AfD é favorito em eleições estaduais no Leste alemão

Mais na Exame