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Jobim recebe convite 'incompleto' da equipe de Dilma

Nelson Jobim foi sondado pelo deputado Antonio Palocci para permanecer à frente do Ministério da Defesa

Nelson Jobim, ministro da Defesa: convite ficou pela metade (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

Nelson Jobim, ministro da Defesa: convite ficou pela metade (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 09h43.

Brasília - Condutor do delicado e bilionário processo de reaparelhamento das Forças Armadas, que inclui a compra de caças, Nelson Jobim foi sondado pelo deputado Antonio Palocci (PT-SP), um dos coordenadores da equipe de transição do novo governo, para permanecer à frente da Defesa na presidência de Dilma Rousseff. 

Enviado pela presidente eleita, Palocci, que defende a permanência de Jobim no cargo, começou perguntando ao atual ministro se ele “teria interesse em permanecer no cargo”. Palocci ouviu do ministro da Defesa que “quem tem de demonstrar interesse em ele permanecer ou não no cargo é o novo governo”, e não ele. A conversa foi travada durante almoço na sede do ministério na quarta-feira passada.

Jobim, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, pediu esclarecimentos sobre as condições de permanência. Palocci, no entanto, foi evasivo e disse que não estava autorizado a fazer outras perguntas, apenas a saber do interesse dele em permanecer no governo. Até ontem, nenhum novo contato fora feito. O diálogo foi interpretado por alguns segmentos como delicado. Mas a Defesa e a equipe de transição afirmaram que não houve nenhuma trombada. 

Casa Militar

No processo de redesenho do Palácio do Planalto, Dilma Rousseff poderá acabar com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) - órgão com diversas atribuições -, criado no governo Fernando Henrique Cardoso. Em seu lugar, poderá ser recriado o antigo Gabinete Militar ou Casa Militar. 

A ideia está em discussão porque ela causa um outro problema: redefinir para onde iria a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A Abin não poderia ficar na Casa Militar, pois a intenção é que ela tenha apenas a função de coordenar a segurança e as viagens da nova presidente da República. 

No dia 17 de dezembro, quando Dilma será diplomada, uma nova equipe de segurança já começará a trabalhar com ela, como um espelho do esquema que atende o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comandado pelo general Gonçalves Dias. 

Para a segurança de Dilma foi designado o general de brigada Marco Antônio Amaro dos Santos, que atualmente comanda a 13.ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Cuiabá. Ele já serviu na Presidência da República e conhece o funcionamento da segurança do Planalto. Ainda não está definido quem comandaria a nova Casa Militar. Há divergências, inclusive, em relação ao posto do general que ficará à sua frente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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