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Japão tem déficit comercial pela 1ª vez em 22 meses

O governo do Japão anunciou um déficit comercial de 471,4 bilhões de ienes em janeiro, ante um superávit de 725,85 bilhões de ienes em dezembro

Contêineres destinados para o comércio exterior: japão está em déficit  (Bia Parreiras/EXAME)

Contêineres destinados para o comércio exterior: japão está em déficit (Bia Parreiras/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 09h12.

Tóquio - O governo do Japão anunciou hoje um déficit comercial de 471,4 bilhões de ienes (US$ 5,696 bilhões) em janeiro, ante um superávit de 725,85 bilhões de ienes em dezembro. O resultado não era esperado pelos economistas, que previam um superávit de 49,6 bilhões de ienes no mês passado.

Exportações mais fracas que o previsto e um forte aumento nos custos dos produtos importados empurraram os números para o vermelho pela primeira vez em 22 meses.

O governo informou que as exportações aumentaram 1,4% em janeiro ante o mesmo mês do ano passado, para 4,971 trilhões de ienes (US$ 60,065 bilhões). Este foi o 14º mês consecutivo de crescimento, mas o dado ficou muito abaixo do ganho de 7,4% que os economistas esperavam.

Já as importações saltaram 12,4% na comparação com janeiro de 2010, para 5,443 trilhões de ienes (US$ 65,762 bilhões), em parte devido a um forte aumento no custo das matérias-primas importadas. Segundo o governo, o valor das importações de petróleo subiu 10,6% no período, enquanto o dos derivados de petróleo saltou 38,5%.

Funcionários do Ministério das Finanças disseram que o número baixo das exportações se deve em parte à diminuição do crescimento dos embarques para a China, que aumentaram apenas 1% depois de terem disparado 20,1% em dezembro. A desaceleração foi atribuída em parte ao feriado do Ano Novo Lunar, quando a maioria das empresas chinesas interrompeu suas atividades. As exportações para a Ásia tiveram alta de apenas 0,4%.

De acordo com os economistas, o Japão enfrenta o risco de passar por um período de estagflação, provocado pelo impacto da alta do custo das importações numa economia estagnada. Particularmente preocupante é a recente disparada nos custos do petróleo, que subiram para o maior valor dos últimos 28 meses na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), a US$ 98,48 o barril ontem.

Em janeiro, o preço médio do petróleo denominado em iene ficou 6,8% acima do registrado no mesmo mês de 2010, enquanto o preço em dólar disparou 17,9%. As informações são da Dow Jones.

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