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Japão proíbe jornalista de ir à Síria para proteger sua vida

O governo japonês confiscou passaporte de fotógrafo que iria para a Síria cobrir o conflito civil, para "proteger sua vida", segundo a imprensa


	Imagem retirada de um vídeo divulgado pelo EI mostra militante e os dois reféns japoneses: decisão foi tomada após execução de japoneses
 (AFP)

Imagem retirada de um vídeo divulgado pelo EI mostra militante e os dois reféns japoneses: decisão foi tomada após execução de japoneses (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2015 às 08h31.

Tóquio - O governo do Japão confiscou o passaporte de um fotógrafo que se dispunha a viajar para a Síria para cobrir o conflito civil, uma medida destinada segundo as autoridades a "proteger sua vida", informou neste domingo a imprensa local.

As autoridades tomaram esta decisão após o sequestro e execução de dois cidadãos japoneses por parte do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que também ameaçou assassinar cidadãos japoneses "seja onde for que estiverem".

Trata-se da primeira vez que o Ministério das Relações Exteriores retira por motivos de segurança o passaporte de um cidadão japonês que se dispunha a viajar ao exterior, segundo disseram fontes governamentais à agência local "Kyodo".

O homem, o fotógrafo freelance Yuichi Sugimoto, criticou esta medida ao considerar que "infringe a liberdade de expressão", segundo disse ao citado meio.

O Ministério, por sua vez, assinalou que aplicou a legislação que contempla a retirada do passaporte de um cidadão "para impedir que viaje e com o objetivo de proteger sua vida".

As autoridades souberam da intenção de Sugimoto de viajar à Síria para cobrir o conflito ao ler uma entrevista que concedeu a um meio japonês, e decidiram confiscar seu passaporte depois que o fotógrafo se negou a cancelar seus planos, segundo a emissora estatal "NHK"

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