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Japão diz que Abe não pedirá perdão em visita a Pearl Harbor

Primeiro-ministro vai homenagear as vítimas de Pearl Harbor, mas não vai pedir perdão, segundo o governo japonês

Pearl Harbor: Shinzo Abe será o primeiro líder japonês a visitar a base naval desde a Segunda Guerra Mundial (U.S. Navy/ Specialist 2nd Class Johans Chavarro/ Fotos públicas)
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EFE

Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 06h55.

Tóquio - O governo do Japão disse nesta terça-feira que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, vai homenagear as vítimas, porém, não pedirá desculpas durante sua visita à base americana de Pearl Harbor, no final deste mês.

"Esta visita é para honrar as almas dos que foram mortos na guerra, não é para pedir perdão", afirmou o porta-voz Yoshihide Suga, durante uma entrevista coletiva.

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Abe anunciou ontem que se transformará no primeiro líder japonês a visitar Pearl Harbor, coincidindo com o 75º aniversário do ataque surpresa feito pelo Exército japonês à base americana, causando a morte de 2,4 mil militares e civis e desencadeou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

Durante sua visita ao Havaí nos dias 26 e 27 de dezembro, o primeiro-ministro estará acompanhado pelo chanceler japonês Fumio Kishida, que qualificou o gesto como "um sinal de reconciliação entre Japão e EUA".

Abe e o presidente dos EUA, Barack Obama, que acompanhará o líder japonês durante visita à base e que acabará seu mandato em janeiro, realizarão sua última cúpula no Havaí.

"A reunião será um grande exemplo do papel que a aliança entre Japão e EUA tem para a paz e a estabilidade na região Ásia Pacífico e a comunidade internacional", disse o chanceler japonês, aos veículos de imprensa.

No mês de maio, Obama realizou uma histórica visita a Hiroshima e se tornou no primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício em viajar até a cidade japonesa, onde há 71 anos, durante a Segunda Guerra Mundial as tropas americanas lançaram uma bomba nuclear.

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