Mais de 6.000 novos casos foram registrados na quarta-feira, incluindo quase 1.600 em Tóquio (Kim Kyung-Hoon/Reuters Brazil)
AFP
Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 08h20.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, declarou nesta quinta-feira (7) um novo estado de emergência em Tóquio e sua periferia por um mês, devido à pandemia, em um momento em que o arquipélago, e em particular sua capital, registra recordes de contágio.
"Declaramos o estado de emergência", porque "se teme que a rápida disseminação do novo coronavírus por todo país terá um impacto significativo na vida de seus habitantes e na economia", disse Suga durante uma reunião com especialistas.
O estado de emergência, que atinge a capital e três regiões adjacentes, começará na sexta-feira e terá duração de um mês. Outra região, Aichi (centro), deve solicitar sua adesão ao plano.
A região metropolitana de Tóquio, onde vivem quase 37 milhões de pessoas, 30% da população japonesa, concentra a maioria dos novos casos diários registrados em nível nacional.
As medidas afetam, principalmente, bares e restaurantes, que devem parar de servir bebida alcoólica a partir das 19h e fechar as portas às 20h.
O governo também pede aos habitantes que evitem viagens desnecessárias à noite e incentiva as empresas a favorecerem o trabalho remoto, com o objetivo de reduzir os deslocamentos em 70%.
Não está previsto o fechamento das escolas, e eventos públicos serão permitidos, desde que com capacidade máxima para 5.000 espectadores.
O impacto da pandemia no Japão foi relativamente menor do que em outros países. Desde janeiro de 2020, o país acumula cerca de 3.700 mortes oficialmente registradas. A partir de novembro, porém, o país vive uma terceira onda cada vez mais preocupante.
Mais de 6.000 novos casos foram registrados na quarta-feira, incluindo quase 1.600 em Tóquio, dois novos recordes.