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Japão classifica teste norte-coreano de "ato imperdoável"

O primeiro-ministro do Japão afirmou à imprensa local que esse teste armamentista constitui uma "grave ameaça" para a segurança do país.


	Shinzo Abe: o premiê japonês lembrou que é a primeira vez que um míssil balístico norte-coreano lançado de um submarino cai em águas do Japão.
 (Reuters)

Shinzo Abe: o premiê japonês lembrou que é a primeira vez que um míssil balístico norte-coreano lançado de um submarino cai em águas do Japão. (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 22h56.

Tóquio, 24 ago (EFE).- O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, classificou nesta quarta-feira (data local) de "ato imperdoável" o lançamento de um míssil balístico por parte da Coreia do Norte que caiu em uma região marítima que faz parte de uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ, na sigla em inglês) do país.

Abe afirmou à imprensa local que esse teste armamentista constitui uma "grave ameaça" para a segurança do Japão e explicou que, apesar de ambos os países não manterem relações diplomáticas, apresentou um protesto à Coreia do Norte por meio de sua embaixada em Pequim, capital da China, aliada do regime de Kim Jong-un.

Abe lembrou que é a primeira vez que um míssil balístico norte-coreano lançado de um submarino cai em águas que correspondem à ADIZ - área na qual o país responsável pela mesma exige identificação das aeronaves estrangeiras que a cruzam - do Japão.

Após o lançamento, que ocorreu em torno das 5h30 locais (17h30 de terça-feira em Brasília), o governo japonês confirmou que o projétil não causou danos a navios ou aeronaves na região.

O míssil foi lançado desde o litoral de Sinpo, onde o regime de Kim tem seu centro de desenvolvimento de armamentos para submarinos (SLBM), e percorreu 500 quilômetros, segundo a Coreia do Sul.

Desta forma, esse teste de Pyongyang seria o mais bem-sucedido dos realizados até o momento e sublinharia o perigo representado pelo programa balístico do país em nível regional e global.

A natureza móvel dos SLBM - uma tecnologia que Pyongyang poderia dominar nos próximos três ou quatro anos, segundo os especialistas -, ampliaria enormemente o alcance do arsenal balístico norte-coreano e dificultaria a detecção de seus lançamentos.

O teste de hoje coincide com a realização em Tóquio de uma cúpula trilateral que reúne os ministros das Relações Exteriores do Japão, da China e da Coreia do Sul. A diplomacia japonesa já expressou seu desejo que o lançamento e o programa geral de mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte seja parte importante da agenda do encontro. EFE

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