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Japão ainda não afastou totalmente o risco de deflação

Índice de preços ao consumidor, em julho, subiu bem menos que o esperado pelos analistas

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

Apesar das medidas adotadas pelo governo japonês, como o aumento da taxa básica de juros após cinco anos de política de taxa zero, a fim de estimular a economia, o país não afastou completamente o risco de deflação. Essa é a interpretação que economistas dão ao índice de inflação ao consumidor, relativo à julho. O indicador subiu apenas 0,2% sobre o mesmo mês do ano passado. Este foi o segundo mês consecutivo de alta de preços no Japão, mas o resultado foi bem menor que o 0,5% esperado pelo mercado.

"A pressão da deflação é extremamente forte nos bens de informática e tecnologia, e seu reflexo foi bem claro no núcleo da inflação", afirmou, ao americano The Wall Street Journal, Yasunari Ueno, economista-chefe da corretora Mizuho Securities. Uma ressalva dos analistas é que a inflação ao consumidor passou a ser medida por uma nova metodologia, que transferiu a base de cálculo do ano 2000 para 2005, além de revisar a cesta de produtos estudada para refletir melhor o perfil de consumo das famílias.

Para alguns especialistas, no entanto, o Japão está mesmo saindo da deflação, apesar da lenta aceleração dos preços. "Os dados são fracos, mas não mudam a tendência geral de que o país está saindo da deflação", diz Masaaki Kanno, economista-chefe do J.P. Morgan Securities.

Para Kanno, a fraqueza dos dados de julho podem servir como argumento para o governo japonês pressionar o Banco do Japão - equivalente ao Banco Central brasileiro - a adiar novos aumentos na taxa básica de juros.

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