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Iuane flexível virá antes da abertura do mercado, diz porta-voz chinês

Objetivo é permitir aos exportadores deixarem receitas em moeda estrangeira no exterior e promover o maior desenvolvimento do mercado de divisas.

Banco Central da China, em Pequim (Wikimedia Commons)

Banco Central da China, em Pequim (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2011 às 09h09.

Pequim - A China aumentará a flexibilidade do iuane antes de abrir mais seu mercado financeiro, priorizando a reforma do mecanismo de câmbio para um nível estável e equilibrado da moeda, disse um porta-voz do Banco Popular da China no site do órgão regulador.

Segundo afirmou também Li Dongrong, assistente do governador do banco central, a instituição expandirá também os acordos além das fronteiras em iuanes para facilitar o comércio e o investimento.

O objetivo é permitir aos exportadores deixarem suas receitas em moeda estrangeira no exterior e promover o maior desenvolvimento do mercado de divisas, com a criação de instrumentos que evitem os riscos da taxa de câmbio.

A indicação de Li acontece depois do anúncio de que os bancos e negócios qualificados chineses poderão liquidar seus investimentos diretos no estrangeiro em iuanes, a fim de ampliar o alcance da moeda chinesa no mundo e mitigar a excessiva liquidez no país.

A moeda chinesa se fortaleceu frente ao dólar no fechamento da semana, alcançando a cotação de 6,5896 iuanes por dólar.

A agência oficial "Xinhua" destacou que a apreciação de mais de 3% desde junho de 2010 aconteceu porque o banco central do país anunciou uma maior reforma do mecanismo de câmbio para impulsionar sua flexibilidade.

O assistente do governador do órgão regulador também expressou sua preocupação com o volume de crédito global que, disse, acrescenta pressão ao fluxo de capital e à apreciação nas economias emergentes.

A China, segundo Li, enfrenta por isso, e também pelo elevado preço da moradia urbana, grande pressão inflacionária.

Com este cenário, em 20 de janeiro o Banco Popular da China aumentará em 50 pontos básicos - pela sétima vez em um ano - o coeficiente de reservas de depósitos das instituições financeiras.

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