O governo quer aprovar o plano até meados deste mês, o que deve resultar em demissões (Vincenzo Pinto/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2011 às 07h55.
Brasília - Hoje (6), desde cedo, as principais ruas de Roma estão tomadas por manifestantes em protesto contra o plano de austeridade lançado pelo governo e em discussão no Congresso, que determina uma série de restrições e aumento de impostos.
A maior central sindical italiana, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil), convocou greve geral contra as medidas que pretendem reduzir a dívida pública do país.
Voos foram cancelados. Trens, metrôs e ônibus operam com restrições e a maior parte dos escritórios do governo está fechada. Além de Roma, há protestos organizados em várias cidades do país, como Florença e Gênova.
Pontos turísticos, como o Coliseu de Roma, estão fechados devido às manifestações. A paralisação afeta também os hospitais e as estações do Correio. De acordo com os organizadores, a adesão à greve deve durar oito horas.
Para analistas, o ato servirá para medir a força da resistência política às medidas propostas pelo governo do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, lançadas no último dia 12.
O governo quer aprovar o plano até meados deste mês. Segundo os sindicalistas, as medidas do governo estimulam a demissão de empregados.
O plano tem a finalidade de equilibrar o orçamento até 2013 e está em discussão no Parlamento italiano. "É um plano que este país não merece. Estamos à beira do abismo e precisamos de um governo responsável", disse a secretária-geral da Cgil, Susanna Camusso.
*Com informações da BBC Brasil e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa