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Itália vota para Parlamento Europeu em eleições cruciais para Meloni

As eleições começaram na quinta-feira nos Países Baixos, mas a maioria dos Estados-membros votarão no domingo

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, vota durante as eleições europeias em 8 de junho de 2024 em Roma, Itália (AFP/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 8 de junho de 2024 às 18h08.

Os italianos começaram a votar neste sábado, 8, nas eleições legislativas da União Europeia (UE), determinantes para a primeira-ministra de extrema direita Giorgia Meloni e para calibrar a força dessa tendência no bloco de 27 países.

As pesquisas preveem que a extrema direita poderia obter um quarto dos assentos no Parlamento Europeu. A perspectiva lança um manto de incerteza sobre o equilíbrio político dos próximos cinco anos.

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As eleições começaram na quinta-feira nos Países Baixos, mas a maioria dos Estados-membros, incluindo Alemanha, França e Espanha, votarão no domingo.

Na Itália , terceira economia do bloco e que tem 76 dos 720 assentos, as pesquisas preveem um avanço de Meloni, que se apresentou na lista de seu partido Irmãos da Itália, com o qual chegou ao poder em 2022 após uma campanha amplamente centrada na luta contra a imigração.

As pesquisas atribuem a ela 27% dos votos, com 22 eurodeputados, contra seis atualmente. As eleições neste país durarão até domingo.

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Uma vitória de Meloni poderia torná-la uma figura-chave para um segundo mandato da atual presidente da Comissão Europeia (braço executivo da UE), Ursula von der Leyen, do Partido Popular Europeu (PPE, direita).

As projeções indicam que a bancada do PPE continuará sendo a mais forte do Parlamento, seguida pela dos Socialistas & Democratas (S&D, social-democratas).

A bancada Renovar Europa (Renew, centristas e liberais) deve se manter como a terceira em importância, embora enfraquecida.

A extrema direita está dividida em dois blocos, mas se seu fortalecimento se confirmar, seus representantes se tornarão interlocutores indispensáveis no processo de tomada de decisões.

Manifestações e violências

Na Alemanha, dezenas de milhares de pessoas participaram de manifestações para "dizer não" à extrema direita e instar os cidadãos a irem às urnas para defender a democracia.

E na Hungria, dezenas de milhares estiveram em um comício em Budapeste convocado por Peter Magyar, o principal opositor ao primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orban.

A população também votou neste sábado na Eslováquia, ainda abalada pela tentativa de assassinato a tiros do primeiro-ministro, Robert Fico.

Fico, um dos poucos que apoiam na UE o presidente russo, Vladimir Putin, emitiu seu voto no hospital onde se recupera do atentado, que segundo as pesquisas reforçou seu favoritismo.

Na Dinamarca, a primeira-ministra social-democrata Mette Frederiksen sofreu na sexta-feira uma agressão física que lhe provocou uma leve entorse cervical.

O suspeito pelo ataque, um homem de nacionalidade polonesa, de 39 anos, foi preso, indicou a promotoria, acrescentando que, até o momento, a "hipótese principal é que não há uma motivação política" no fato.

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