Roma - O Governo italiano já tem pronto "Plano B" para conduzir eventual aumento no fluxo de imigrantes diante da crise na Líbia, que prevê a habilitação de várias instalações para uma primeira amparada de pessoas procedentes do norte da África.

Em entrevista coletiva após o Conselho de Ministros, o titular do Ministério do Interior, Roberto Maroni, revelou que o Executivo aprovou o plano de ajuda que prevê a instalação de um acampamento humanitário na fronteira entre a Tunísia e a Líbia, assim como o envio de uma "missão civil" à região líbia da Cirenaica.

O ministro do Interior italiano explicou que nesta mesma quinta-feira começarão os trabalhos na chamada "aldeia de solidariedade" da localidade siciliana de Mineo, na província de Catânia, um antigo complexo residencial militar que pretendem transformar em um local para receber imigrantes.

"Acompanharemos esta medida para que solicitem o direito de asilo com um pacto territorial pela segurança com as Prefeituras. Esta é outra mostra da boa prática da Itália na amparada e gestão dos refugiados e solicitantes de asilo", indicou Maroni.

Maroni explicou nesta quinta-feira que o Governo está disposto a disponibilizar equipes e meios às autoridades tunisianas para exercer um maior controle dos portos da Tunísia, para "prevenir o êxodo em massa em direção à Europa".

Pelos dados do relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Centro de Estudos de Investimentos Sociais italiano (Censis), só em janeiro e fevereiro de 2011 chegaram ao litoral da Itália 6.333 imigrantes ilegais, número superior aos 4.406 imigrantes que desembarcaram em todo 2010.