Exame Logo

Itália precisa de "governo que faça milagres", diz esquerda

A declaração foi feita pelo líder da esquerda, Pier Luigi Bersani, que tenta formar um governo, após as eleições de fevereiro

Bersani: a coalizão de esquerda de Bersani, a primeira força política do país, dispõem de uma maioria absoluta na Câmara dos Deputados, mas não no Senado (Vincenzo Pinto/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 13h37.

Roma - A Itália se encontra em uma "situação dramática", e precisa de um governo "que faça milagres", declarou nesta segunda-feira o líder da esquerda, Pier Luigi Bersani, que tenta formar um governo, após as eleições de fevereiro.

Bersani se reuniu nesta segunda-feira para consultas com os sindicatos, antes de encontrar na terça-feira os demais partidos representados no Parlamento.

A península está em plena recessão provocada pela crise econômica: a taxa de desemprego chega a 11,7%, segundo dados provisórios, o nível mais elevado desde 1992. Entre os jovens o desemprego afeta 38,7%.

A coalizão de esquerda de Bersani, a primeira força política do país, dispõem de uma maioria absoluta na Câmara dos Deputados, mas não no Senado, onde tem procurado entrar em acordo com o Movimento Cinco Estrelas (M5S), que cristalizou o voto de contestação das últimas eleições.

Neste contexto, o líder da oposição de centro-direita, Silvio Berlusconi, sentindo-se excluído do jogo político, exigiu que seu partido participe do futuro governo liderado por Bersani.

"Visto que as eleições resultaram em duas forças quase empatadas, exigimos um governo que inclua o PDL (partido Povo da Liberdade) e também um presidente moderado", declarou à emissora de televisão Canale 5. A coalizão de direita de Berlusconi chegou em segundo lugar nas legislativas.


Durante uma reunião com os parlamentares de seu partido Berlusconi propôs "Bersani como presidente do Conselho e (o secretário do PDL Angelino) Alfano vice-presidente". "Sentaremos à mesa apenas para discutir um governo conjunto".

Os representantes do PDL devem encontrar Bersani quarta-feira.

"A esquerda ocupa todos os postos (incluindo as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados). O mesmo se repete no Quirinal (sede da presidência da república), nós, com nossos senadores, bloquearemos o Senado e, consequentemente, o Parlamento, e ocuparemos às ruas", advertiu.

O mandato do presidente Giorgio Napolitano, um ex-comunista que desempenha um papel-chave neste período de crise política nomeou na quarta-feira Bersani para formar um novo governo, acaba em meados de maio. O presidente da república italiana é eleito pelas duas câmaras do Parlamento.

Enquanto o novo governo não é formado, o gabinete de Mario Monti continua a tratar os assuntos gerais.

Veja também

Roma - A Itália se encontra em uma "situação dramática", e precisa de um governo "que faça milagres", declarou nesta segunda-feira o líder da esquerda, Pier Luigi Bersani, que tenta formar um governo, após as eleições de fevereiro.

Bersani se reuniu nesta segunda-feira para consultas com os sindicatos, antes de encontrar na terça-feira os demais partidos representados no Parlamento.

A península está em plena recessão provocada pela crise econômica: a taxa de desemprego chega a 11,7%, segundo dados provisórios, o nível mais elevado desde 1992. Entre os jovens o desemprego afeta 38,7%.

A coalizão de esquerda de Bersani, a primeira força política do país, dispõem de uma maioria absoluta na Câmara dos Deputados, mas não no Senado, onde tem procurado entrar em acordo com o Movimento Cinco Estrelas (M5S), que cristalizou o voto de contestação das últimas eleições.

Neste contexto, o líder da oposição de centro-direita, Silvio Berlusconi, sentindo-se excluído do jogo político, exigiu que seu partido participe do futuro governo liderado por Bersani.

"Visto que as eleições resultaram em duas forças quase empatadas, exigimos um governo que inclua o PDL (partido Povo da Liberdade) e também um presidente moderado", declarou à emissora de televisão Canale 5. A coalizão de direita de Berlusconi chegou em segundo lugar nas legislativas.


Durante uma reunião com os parlamentares de seu partido Berlusconi propôs "Bersani como presidente do Conselho e (o secretário do PDL Angelino) Alfano vice-presidente". "Sentaremos à mesa apenas para discutir um governo conjunto".

Os representantes do PDL devem encontrar Bersani quarta-feira.

"A esquerda ocupa todos os postos (incluindo as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados). O mesmo se repete no Quirinal (sede da presidência da república), nós, com nossos senadores, bloquearemos o Senado e, consequentemente, o Parlamento, e ocuparemos às ruas", advertiu.

O mandato do presidente Giorgio Napolitano, um ex-comunista que desempenha um papel-chave neste período de crise política nomeou na quarta-feira Bersani para formar um novo governo, acaba em meados de maio. O presidente da república italiana é eleito pelas duas câmaras do Parlamento.

Enquanto o novo governo não é formado, o gabinete de Mario Monti continua a tratar os assuntos gerais.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaEuropaItáliaPaíses ricosPiigs

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame