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Itália pede mais ajuda à UE após morte de 40 migrantes

Quarenta migrantes teriam morrido em um incidente a bordo de sua embarcação, relataram nesta terça-feira os sobreviventes que chegaram em Catania, na Sicília


	Quarenta migrantes teriam morrido em um incidente a bordo de sua embarcação, relataram nesta terça-feira os sobreviventes que chegaram em Catania, na Sicília
 (ALBERTO PIZZOLI/AFP)

Quarenta migrantes teriam morrido em um incidente a bordo de sua embarcação, relataram nesta terça-feira os sobreviventes que chegaram em Catania, na Sicília (ALBERTO PIZZOLI/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2015 às 14h52.

Roma - A Itália voltou a pedir nesta terça-feira à União Europeia mais ajuda para enfrentar a chegada maciça pelo mar de migrantes, após mais uma tragédia no Mediterrâneo que teria deixado 40 mortos, segundo seus sobreviventes.

"Não basta acrescentar dez barcos aos navios italianos" presentes no Mediterrâneo para resolver o problema, disse nesta terça-feira o ministro italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, que também solicitou uma contribuição europeia à "luta contra os traficantes de seres humanos" e um novo enfoque sobre o direito de asilo.

Quarenta migrantes teriam morrido em um incidente a bordo de sua embarcação, relataram nesta terça-feira os sobreviventes que chegaram em Catania, na Sicília (Itália), e que foram acolhidos por membros da ONG Save the Children.

"Disseram que eram 137 no bote de borracha, que desinflou ou explodiu - não está claro - provocando a queda na água de vários deles. Alguns falam de muitos mortos, outros de quarenta", declarou à AFP Giovanna di Benedetto, desta ONG, presente em Catania quando os sobreviventes chegaram.

Segundo eles, o incidente ocorreu pouco antes das operações de resgate do último fim de semana, quando barcos da marinha ou da guarda-costeira italiana, com a ajuda de vários cargueiros, socorreram no mar quase 6.000 pessoas.

Cerca de 3.000 destes migrantes chegaram na segunda-feira a bordo de vários navios à Sicília, ou a outras cidades do sul da Itália. Mais de 1.000 o fizeram na manhã desta terça-feira.

A Itália, na linha de frente diante do fluxo de migrantes em direção a sua costa, não para de pedir ajuda aos demais membros da UE, ao considerar que sua fronteira mediterrânea frente ao norte da África é igualmente a fronteira da Europa.

"A cúpula da UE (em abril) confirmou finalmente o caráter europeu do problema dos migrantes no Mediterrâneo, mas agora precisamos de medidas significativas", havia afirmado na segunda-feira Gentiloni em uma conversa por telefone com o comissário europeu encarregado de Imigração, Dimitris Avramopoulous.

Uma crise humanitária

Entre janeiro e abril de 2015, o número de chegadas pelo mar de migrantes à Itália rondou os 25.000, como em 2014, mas o número de mortos e desaparecidos multiplicou por 20, passando de 96 a 1.780, segundo a Organização para as Migrações Internacionais (OIM).

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visitou no dia 27 de abril em um navio militar italiano a região da Sicília e falou de "uma das piores crises humanitárias desde a Segunda Guerra Mundial".

Frontex, a agência europeia encarregada da vigilância das fronteiras exteriores do espaço Schengen, declarou na segunda-feira ter intensificado suas operações no Mediterrâneo após a última chegada em massa do fim de semana.

Por outro lado, a Comissão Europeia apresentará no dia 13 de maio sua estratégia para as migrações, que deve determinar cotas obrigatórias de acolhida de refugiados para todos os Estados membros. O Conselho Europeu se pronunciará a respeito nos dias 25 e 26 de junho.

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