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Itália não está pressionado BCE a comprar títulos, diz ministro

O BCE começou a intervir no mês passado, depois que temores do mercado com a dívida da Itália levaram os juros sobre empréstimos a níveis insustentáveis

Logo do BCE: rendimento para títulos italianos de 10 anos encerrou a semana a 5,29 por cento (Daniel Roland/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2011 às 18h08.

Itália - O ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, disse neste domingo que seu país não está pressionando o Banco Central Europeu (BCE) a continuar comprando títulos do governo italiano no mercado.

Frattini afirmou que tanto o primeiro-ministro Silvio Berlusconi como o ministro da Economia, Giulio Tremonti, estavam mantendo contatos estreitos com instituições financeiras internacionais sobre as turbulências no mercado que afetaram a terceira maior economia da zona do euro.

"Mas o Banco Central Europeu é uma instituição independente, portanto, não há solicitações, pressões para a compra de títulos", declarou ele a repórteres no intervalo de uma conferência.

No sábado, Frattini havia dito estar confiante que o BCE continuaria a comprar títulos italianos. O BCE começou a intervir no mês passado para tentar segurar as taxas depois que temores do mercado com a dívida da Itália, de 1,9 trilhão de euros, levou os juros sobre empréstimos a níveis insustentáveis.

Depois disso a instituição aumentou a pressão sobre o governo italiano para que cumpra seu compromisso de aprovar medidas para equilibrar o orçamento até 2013. O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, alertou no sábado que é essencial a adoção de ações rápidas para restaurar a confiança do mercado.


Numa demonstração da crescente preocupação, o prêmio requerido pelos investidores para manter os títulos da dívida italiana em vez dos papéis de referência alemães subiu na sexta-feira para 331 pontos básicos --o mais elevado desde que o BCE começou a comprar títulos italianos, em agosto.

O rendimento para títulos italianos de 10 anos encerrou a semana a 5,29 por cento, caminhando lentamente em direção aos 7 por cento normalmente considerado como não administrável.

Um pacote de medidas de austeridade totalizando 45,5 bilhões de euros está atualmente em tramitação no Parlamento, mas as divisões na coalizão de centro-direita de Berlusconi estão dificultando sua passagem.

Frattini disse que o plano será adotado em breve e não será necessário um voto de confiança no governo para sua aprovação pelo Parlamento.

"O governo italiano vai responder ao BCE com fatos, aprovando o orçamento bem rapidamente", declarou Frattini a repórteres, na manhã deste domingo.

Ele afirmou que o Senado irá endossar o pacote adicional até o fim da próxima semana, e que a Câmara Baixa o aprovará em seguida, rapidamente. "Não vejo razão alguma para pedir um voto de confiança por causa do orçamento", disse ele.

O governo tem o prazo de 60 dias para transformar em lei o decreto com as medidas de austeridade.

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Itália - O ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, disse neste domingo que seu país não está pressionando o Banco Central Europeu (BCE) a continuar comprando títulos do governo italiano no mercado.

Frattini afirmou que tanto o primeiro-ministro Silvio Berlusconi como o ministro da Economia, Giulio Tremonti, estavam mantendo contatos estreitos com instituições financeiras internacionais sobre as turbulências no mercado que afetaram a terceira maior economia da zona do euro.

"Mas o Banco Central Europeu é uma instituição independente, portanto, não há solicitações, pressões para a compra de títulos", declarou ele a repórteres no intervalo de uma conferência.

No sábado, Frattini havia dito estar confiante que o BCE continuaria a comprar títulos italianos. O BCE começou a intervir no mês passado para tentar segurar as taxas depois que temores do mercado com a dívida da Itália, de 1,9 trilhão de euros, levou os juros sobre empréstimos a níveis insustentáveis.

Depois disso a instituição aumentou a pressão sobre o governo italiano para que cumpra seu compromisso de aprovar medidas para equilibrar o orçamento até 2013. O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, alertou no sábado que é essencial a adoção de ações rápidas para restaurar a confiança do mercado.


Numa demonstração da crescente preocupação, o prêmio requerido pelos investidores para manter os títulos da dívida italiana em vez dos papéis de referência alemães subiu na sexta-feira para 331 pontos básicos --o mais elevado desde que o BCE começou a comprar títulos italianos, em agosto.

O rendimento para títulos italianos de 10 anos encerrou a semana a 5,29 por cento, caminhando lentamente em direção aos 7 por cento normalmente considerado como não administrável.

Um pacote de medidas de austeridade totalizando 45,5 bilhões de euros está atualmente em tramitação no Parlamento, mas as divisões na coalizão de centro-direita de Berlusconi estão dificultando sua passagem.

Frattini disse que o plano será adotado em breve e não será necessário um voto de confiança no governo para sua aprovação pelo Parlamento.

"O governo italiano vai responder ao BCE com fatos, aprovando o orçamento bem rapidamente", declarou Frattini a repórteres, na manhã deste domingo.

Ele afirmou que o Senado irá endossar o pacote adicional até o fim da próxima semana, e que a Câmara Baixa o aprovará em seguida, rapidamente. "Não vejo razão alguma para pedir um voto de confiança por causa do orçamento", disse ele.

O governo tem o prazo de 60 dias para transformar em lei o decreto com as medidas de austeridade.

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