Policial italiano ao lado de quadro de Pablo Picasso “Violino e Garrafa sobre a Mesa” (esquerda) em Roma (Polícia da Itália/Divulgação via Reuters/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2015 às 20h16.
A polícia italiana apreendeu um quadro de Pablo Picasso avaliado em 15 milhões de euros e uma estátua do período romano que seriam exportados ilegalmente, informou a imprensa local.
O quadro foi apresentado como uma obra de 1912, do período cubista do artista espanhol. Segundo a mesma fonte, a tela "Violon et bouteille de Bass", de 54cm x 45cm, tem uma história curiosa.
A pintura foi posta à venda recentemente por um aposentado por 1,4 milhão de euros - muito abaixo de seu valor comercial -, depois de descobrir, por meio da casa de leilão Sotheby's, que tinha um Picasso autêntico nas mãos.
O homem contou ter ganhado a peça em 1978 como agradecimento de um cliente por ter restaurado, de graça, um quadro com a foto da esposa recém-falecida.
"O artesão a conservou por 36 anos, sem maiores cuidados, até que descobriu por acaso que era um Picasso", relatou a Polícia especializada em patrimônio cultural e artístico.
O quadro está retido pelas autoridades até que se comprove se a história é verdadeira.
Os exames técnicos apontaram que a obra consta do catálogo Zervos, edição 1961, um conhecido catálogo especializado em arte do século XX, incluindo Picasso.
Segundo o general Mariano Mossa, o óleo tem "uma excepcional relevância artística" e, em 1978, pertencia a um colecionador particular.
Já a estátua romana é do século II, ou III, e está avaliada em oito milhões de euros, segundo a imprensa italiana.
Essa peça é bastante peculiar, tanto por sua forma como pelo estado de conservação. Duas estátuas similares podem ser observadas no Museu Britânico de Londres e em um museu do Vaticano.