Cisjordânia: Israel considera que toda a cidade de Jerusalém, incluindo Jerusalém Oriental, é sua capital indivisível (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2016 às 09h21.
O governo de Israel chamou de "absurdas" as críticas da ONU sobre o aumento da colonização israelense na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ocupadas há meio século.
O enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, lamentou na segunda-feira no Conselho de Segurança que "as recomendações (do Quarteto, formado por ONU, UE, EUA e Rússia) continuem sendo ignoradas, incluindo um aumento dos anúncios de Israel vinculados à colonização e a continuidade das demolições" de casas palestinas.
Mladenov recordou que as colônias — assentamentos civis israelenses em terras ocupadas desde 1967 — são ilegais do ponto de vista da lei internacional.
A comunidade internacional considera a colonização, que progrediu durante todos os governos israelenses, um obstáculo importante para a paz.
As declarações de Mladenov "constituem uma distorção da história e do direito internacional", respondeu em um comunicado David Keyes, porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
"Os judeus estão em Jerusalém e na Judeia-Samaria (Cisjordânia) há milhares de anos e sua presença não representa um obstáculo para a paz", destacou.
"O obstáculo para a paz é este tipo de iniciativa sem fim para negar os vínculos entre o povo judeu e uma parte de sua terra histórica", completou.
Israel considera que toda a cidade de Jerusalém, incluindo Jerusalém Oriental, ocupada e anexada, é sua capital indivisível. Os palestinos desejam fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado que aspiram.
Em seu discurso, Mladenov afirmou que o governo israelense anunciou projetos de construção de mais de 1.700 casas a partir 1º de julho, mais de 1.000 delas em Jerusalém Oriental.