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Israel vai duplicar tropas na fronteira com Gaza

Oficial do exército confirmou que "as Forças de Defesa de Israel estão preparadas com grande número de tropas para todos os eventos que possam acontecer "

Hamas: o Exército prevê que o movimento islamita Hamas poderia conseguir levar amanhã a dezenas de milhares de manifestantes, como aconteceu na véspera da Nakba (Ronen Zvulun/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de junho de 2018 às 07h40.

Jerusalém - O Exército de Israel se prepara para dobrar os efetivos destacados na fronteira com Gaza pelos protestos convocados para amanhã na comemoração da Naksa (aniversário do explosão da Guerra dos Seis Dias), o Dia de Jerusalém e última sexta-feira do Ramadã, informaram nesta quinta os veículos de imprensa locais.

"As Forças de Defesa de Israel estão em estado de alerta em antecipação de manifestações em massa e particularmente violentas amanhã", informa o jornal "Maariv", assegurando que "como parte dos preparativos, se dobrado o número de tropas habitualmente destacadas na região".

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Um oficial do Exército do Comando Sul se recusou a relevar à Agência Efe o número de militares destacados, mas confirmou que "as Forças de Defesa de Israel estão preparadas com um grande número de tropas para todos os eventos que possam acontecer em Gaza" e advertiu: "Não vamos permitir nenhuma violação da soberania israelense".

O Exército prevê que o movimento islamita Hamas (considerado um grupo terrorista por Israel, UE, Estados Unidos e outros países) poderia conseguir levar amanhã a dezenas de milhares de manifestantes, como aconteceu na véspera da Nakba.

Naquela ocasião, no dia 14 de maio, 40 mil pessoas participaram das mobilizações na região - convocadas, da mesma forma que amanhã, por todas as facções palestinas - e mais de 60 morreram baleadas por soldados, a maior parte manifestantes desarmados segundo fontes palestinas, embora Israel assegura que pelo menos 25 eram membros do Hamas.

"O Exército estima que, se as suas projeções sobre a participação e a violência são exatas, voltará a ter um elevado número de vítimas palestinas, dada a intenção do Hamas de tentar cometer ataques terroristas e romper a cerca para se infiltrar em território israelense", diz o jornal.

Israel também se prepara para a eventualidade de que a violência na fronteira acabe com o lançamento de foguetes pelas milícias palestinas contra seu território.

"Israel enviou mensagens para a liderança do Hamas, via mediadores no Egito, pedindo calma a eles. Mas todos os sinais indicam que o Hamas optou por trabalhar para conseguir o contrário", afirma o "Maariv".

Perguntado pela Efe sobre a possibilidade da violência se estender a Cisjordânia, o oficial do Exército respondeu que "não se pode fazer profecias, pois qualquer coisa pode acontecer aqui e de maneira repentina. Mas em geral, se olhamos o último mês e aprendermos com ele, vemos que o que acontece em em Gaza não necessariamente afeta a Judeia e Samaria (Cisjordânia ocupada), salvos incidentes menores" por isso acredita que a situação seguirá tranquila.

"Mas nos últimos anos não houve nenhum Ramadã sem algum incidente, por isso estamos preparados para tudo. Nosso objetivo é ser o mais profissional possível, sobretudo para não prejudicar inocentes, que é mau para todos e pode incendiar a região", acrescentou o militar.

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