Israel sugere que realizou ataque em território sírio
O ministro da Defesa Ehud Barak levantou a questão durante uma reunião de diplomatas e autoridades de defesa dos principais países do mundo, realizada na Alemanha
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Munique - O ministro da Defesa de Israel , Ehud Barak, deu a entender neste domingo que seu país esteve por trás do ataque aéreo contra a síria, ocorrido na quarta-feira. Foram os primeiros comentários públicos de seu governo sobre o ataque que, segundo autoridades dos Estados Unidos, teve como alvo um comboio que levava armamento antiaéreo para o grupo militante Hezbollah, no vizinho Líbano.
Barak levantou a questão durante uma reunião de diplomatas e autoridades de defesa dos principais países do mundo, realizada na Alemanha. Inicialmente ele disse que "não posso adicionar nada ao que vocês têm lido nos jornais sobre o que aconteceu na Síria alguns dias atrás".
Dirigindo-se à plateia em inglês, ele acrescentou que "eu continuo a dizer francamente que nós afirmamos que achamos que não deveria ser permitido o envio de sistemas avançados de armas para o Líbano".
Israel ainda não havia se pronunciado a respeito do ataque, mas nos dias seguintes o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outras importantes autoridades do país advertiram sobre os perigos de os armamentos sírios caírem nas mãos do Hezbollah e de outros elementos hostis na região.
O Exército sírio afirmou, porém, que o alvo dos aviões de Israel era um centro de pesquisa científica. A instalação fica perto de Jamraya, noroeste de Damasco.
Supostas imagens do local atingido, divulgadas pela televisão estatal síria no sábado, mostra carros, caminhões e veículos militares destruídos. Um prédio teve seus vidros quebrados e há danos no interior da edificação, mas sem grandes danos estruturais.
Após o ataque, o embaixador da Síria no Líbano, Ali Abdul-Karim Ali, disse que Damasco "tem a opção e a capacidade de retaliar de surpresa", mas que dependia das autoridades escolher o momento e o local em que isso será feito.
Por outro lado, líderes opositores e rebeldes criticaram Assad na sexta-feira por ele não ter respondido ao ataque, chamando o fato de prova da fraqueza e aquiescência com Israel.
O chefe da poderosa Guarda Revolucionária do Irã declarou, neste domingo, que Teerã também espera que a Síria revide o ataque israelense. A agencia oficial notícias iraniana citou o general Mohammad Ali Jafari dizendo que "esperamos que a Síria dê uma resposta apropriada ao ataque, no tempo certo."
Desde o início da guerra civil na Síria, líderes israelenses têm expressado temores de que o território sírio se desintegre e o presidente Bashar Assad perca o controle de suas armas químicas e convencionais.
Na noite de sábado, Netanyahu, que está no processo de formação de uma nova coalizão, disse que seu novo governo terá de lidar o fato de que armas "estão sendo estocadas perto de nós e ameaçam nossas cidades e civis", numa aparente referência à deterioração da situação na Síria.
Barak disse que "o Hezbollah, no Líbano, e os iranianos, são os únicos aliados que Assad ainda tem". Ele declarou também que acredita que a queda de Assad "é iminente" e que quando isso acontecer "será uma grande golpe para os iranianos e o Hezbollah". "Eu acho que eles pagarão o preço", afirmou. As informações são da Associated Press.
Munique - O ministro da Defesa de Israel , Ehud Barak, deu a entender neste domingo que seu país esteve por trás do ataque aéreo contra a síria, ocorrido na quarta-feira. Foram os primeiros comentários públicos de seu governo sobre o ataque que, segundo autoridades dos Estados Unidos, teve como alvo um comboio que levava armamento antiaéreo para o grupo militante Hezbollah, no vizinho Líbano.
Barak levantou a questão durante uma reunião de diplomatas e autoridades de defesa dos principais países do mundo, realizada na Alemanha. Inicialmente ele disse que "não posso adicionar nada ao que vocês têm lido nos jornais sobre o que aconteceu na Síria alguns dias atrás".
Dirigindo-se à plateia em inglês, ele acrescentou que "eu continuo a dizer francamente que nós afirmamos que achamos que não deveria ser permitido o envio de sistemas avançados de armas para o Líbano".
Israel ainda não havia se pronunciado a respeito do ataque, mas nos dias seguintes o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outras importantes autoridades do país advertiram sobre os perigos de os armamentos sírios caírem nas mãos do Hezbollah e de outros elementos hostis na região.
O Exército sírio afirmou, porém, que o alvo dos aviões de Israel era um centro de pesquisa científica. A instalação fica perto de Jamraya, noroeste de Damasco.
Supostas imagens do local atingido, divulgadas pela televisão estatal síria no sábado, mostra carros, caminhões e veículos militares destruídos. Um prédio teve seus vidros quebrados e há danos no interior da edificação, mas sem grandes danos estruturais.
Após o ataque, o embaixador da Síria no Líbano, Ali Abdul-Karim Ali, disse que Damasco "tem a opção e a capacidade de retaliar de surpresa", mas que dependia das autoridades escolher o momento e o local em que isso será feito.
Por outro lado, líderes opositores e rebeldes criticaram Assad na sexta-feira por ele não ter respondido ao ataque, chamando o fato de prova da fraqueza e aquiescência com Israel.
O chefe da poderosa Guarda Revolucionária do Irã declarou, neste domingo, que Teerã também espera que a Síria revide o ataque israelense. A agencia oficial notícias iraniana citou o general Mohammad Ali Jafari dizendo que "esperamos que a Síria dê uma resposta apropriada ao ataque, no tempo certo."
Desde o início da guerra civil na Síria, líderes israelenses têm expressado temores de que o território sírio se desintegre e o presidente Bashar Assad perca o controle de suas armas químicas e convencionais.
Na noite de sábado, Netanyahu, que está no processo de formação de uma nova coalizão, disse que seu novo governo terá de lidar o fato de que armas "estão sendo estocadas perto de nós e ameaçam nossas cidades e civis", numa aparente referência à deterioração da situação na Síria.
Barak disse que "o Hezbollah, no Líbano, e os iranianos, são os únicos aliados que Assad ainda tem". Ele declarou também que acredita que a queda de Assad "é iminente" e que quando isso acontecer "será uma grande golpe para os iranianos e o Hezbollah". "Eu acho que eles pagarão o preço", afirmou. As informações são da Associated Press.