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Israel reinicia construção de muro em Cremisan

Apesar da decisão da Suprema Corte, maquinário pesado chegou ontem ao vale de Cremisan, entre a cidade palestina de Bet-Jalla e a colônia judaica de Gilo

Crianças palestinas com bandeira: moradores de Bet-Jalla, incluído o Mosteiro católico de Cremisán e seu convento, há uma década lutam na justiça contra o muro (Mahmud Hams/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 11h11.

Jerusalém - O Ministério da Defesa de Israel reiniciou esta semana a construção do muro de separação no vale palestino de Cremisan, perto de Belém, apesar de a Suprema Corte ter invalidado a decisão e pedido ao governo que a reconsiderasse.

O maquinário pesado chegou ontem ao vale de Cremisan, entre a cidade palestina de Bet-Jalla e a colônia judaica de Gilo, e começou a arrancar oliveiras para preparar o terreno para a construção, denunciou o pároco da Igreja da Anunciação de Bet-Jalla, Ibrahim Shomali, à Agência Efe.

"Israel tirou ontem suas escavadeiras, e o exército começou a arrancar oliveiras milenares para construir o muro. É uma tragédia para a natureza, uma tragédia para a comunidade cristã e uma tragédia para o povo palestino da região de Belém", assinalou o religioso.

Segundo ele, o exército israelense "planeja arrancar milhares de árvores" para levantar a barreira e, por enquanto, não entregou aos proprietários das terras um mapa com seu traçado, para que els "não possam recorrer aos tribunais novamente".

Os moradores de Bet-Jalla, incluído o Mosteiro católico de Cremisán e seu convento, há uma década lutam na justiça contra o muro.

Em abril o Supremo aceitou seu pedido contra a construção e pediu então às autoridades para "considerar outras alternativas" para a barreira de separação, cujos trabalhos estiveram parados durante anos por ordens judiciais que, no entanto, a corte se recusou a renovar mês passado.

Os residentes denunciam que ontem foram arrancadas oliveiras de mais de 1.500 anos de antiguidade e acusam o muro de isolar 3.500 quilômetros quadrados de suas terras.

Durante os últimos anos, os cristãos de Cremisan protagonizaram diversos protestos para tentar evitar a construção do muro, entre eles missas semanais ao ar livre onde se planeja construi-lo.

Bet-Jalla é uma das últimas áreas verdes do distrito de Belém e pertence a 58 famílias cristãs e à Igreja Católica.

A possível construção do muro não só dividirá as terras, mas afetará a rotina diária de centenas de crianças que frequentam uma escola infantil e o trabalho do mosteiro, que terá seus acessos dificultados.

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Jerusalém - O Ministério da Defesa de Israel reiniciou esta semana a construção do muro de separação no vale palestino de Cremisan, perto de Belém, apesar de a Suprema Corte ter invalidado a decisão e pedido ao governo que a reconsiderasse.

O maquinário pesado chegou ontem ao vale de Cremisan, entre a cidade palestina de Bet-Jalla e a colônia judaica de Gilo, e começou a arrancar oliveiras para preparar o terreno para a construção, denunciou o pároco da Igreja da Anunciação de Bet-Jalla, Ibrahim Shomali, à Agência Efe.

"Israel tirou ontem suas escavadeiras, e o exército começou a arrancar oliveiras milenares para construir o muro. É uma tragédia para a natureza, uma tragédia para a comunidade cristã e uma tragédia para o povo palestino da região de Belém", assinalou o religioso.

Segundo ele, o exército israelense "planeja arrancar milhares de árvores" para levantar a barreira e, por enquanto, não entregou aos proprietários das terras um mapa com seu traçado, para que els "não possam recorrer aos tribunais novamente".

Os moradores de Bet-Jalla, incluído o Mosteiro católico de Cremisán e seu convento, há uma década lutam na justiça contra o muro.

Em abril o Supremo aceitou seu pedido contra a construção e pediu então às autoridades para "considerar outras alternativas" para a barreira de separação, cujos trabalhos estiveram parados durante anos por ordens judiciais que, no entanto, a corte se recusou a renovar mês passado.

Os residentes denunciam que ontem foram arrancadas oliveiras de mais de 1.500 anos de antiguidade e acusam o muro de isolar 3.500 quilômetros quadrados de suas terras.

Durante os últimos anos, os cristãos de Cremisan protagonizaram diversos protestos para tentar evitar a construção do muro, entre eles missas semanais ao ar livre onde se planeja construi-lo.

Bet-Jalla é uma das últimas áreas verdes do distrito de Belém e pertence a 58 famílias cristãs e à Igreja Católica.

A possível construção do muro não só dividirá as terras, mas afetará a rotina diária de centenas de crianças que frequentam uma escola infantil e o trabalho do mosteiro, que terá seus acessos dificultados.

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