Israel prende 13 suspeitos de causar incêndios florestais
Os bombeiros ainda combatiam as chamas nas colinas florestadas dos arredores de Jerusalém e em áreas do norte nesta sexta-feira
Reuters
Publicado em 25 de novembro de 2016 às 17h25.
Jerusalém - A polícia de Israel comunicou nesta sexta-feira que prendeu 13 pessoas suspeitas de incêndio criminoso devido aos incêndios florestais de grande porte que assolam o centro e o norte do país, obrigando a retirada de cerca de 80 mil pessoas da cidade de Haifa e destruindo centenas de casas.
Os bombeiros ainda combatiam as chamas nas colinas florestadas dos arredores de Jerusalém e em áreas do norte nesta sexta-feira, com apoio de bombeiros palestinos e equipes de emergência de Grécia, Chipre, Croácia, Itália, Rússia e Turquia.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse também ter aceitado ofertas de ajuda do Egito e da Jordânia.
Netanyahu disse que incêndios criminosos parecem ser responsáveis por alguns incêndios e acusou seus ateadores de terrorismo.
Um clima seco fora de época e ventos do leste ajudaram a atiçar a conflagração, que começou na quinta-feira e se estendeu por metade do país.
O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse que uma dúzia de pessoas foram detidas enquanto tentavam iniciar incêndios ou fugir da área, mas não deu maiores detalhes.
O ministro da Segurança Interna, Gilad Erdan, afirmou que 13 pessoas foram presas.
Erdan disse que os presos são "minorias", uma alusão a cidadãos árabe-israelenses ou a palestinos. "A maior probabilidade é que seu motivo seja nacionalista", afirmou ele à Rádio do Exército.
Os incêndios são os maiores no país desde 2010, quando 44 pessoas morreram em um incêndio de grande proporção no norte. Investigadores concluíram que o fogo foi resultado de negligência.