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Israel pode suspender construção de assentamentos

Auspensão da construção apoiada pelo Estado israelense seria parte de um pacote proposto que incluiria a libertação de Jonathan Pollard


	Assentamentos israelenses: em troca das concessões de Israel, os palestinos concordariam em estender as negociações de paz para além do prazo de 29 de abril
 (©AFP / Abbas Momani)

Assentamentos israelenses: em troca das concessões de Israel, os palestinos concordariam em estender as negociações de paz para além do prazo de 29 de abril (©AFP / Abbas Momani)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 12h54.

Jerusalém - Israel pode interromper parcialmente a construção de assentamentos para manter as negociações de paz com palestinos, mediadas pelos EUA, disse uma fonte israelense próxima às negociações na terça-feira.

A suspensão da construção apoiada pelo Estado israelense em territórios ocupados da Cisjordânia seria parte de um pacote proposto que incluiria a libertação de Jonathan Pollard, um espião israelense preso nos Estados Unidos e centenas de palestinos detidos por Israel.

Os assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, terras obtidas na guerra de 1967 que os palestinos reclamam para estabelecer seu Estado, têm sido um grande obstáculo nas negociações, que começaram em julho. A maioria dos países considera esses assentamentos ilegais.

Uma fonte, próxima às conversas na segunda-feira e terça-feira entre Netanyahu e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que em troca das concessões de Israel, os palestinos concordariam em estender as negociações de paz para além do prazo de 29 de abril, até 2015.

Israel congelou parcialmente os assentamentos em 2009 em uma tentativa de retomar as negociações. Os palestinos retornaram às negociações em 2010, que emperraram dentro de poucas semanas depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se recusar a estender a moratória de 10 meses.

"O (novo) congelamento dos assentamentos não inclui Jerusalém Oriental, a construção privada ou construção de instituições públicas", disse a fonte, que pediu para não ser identificada.

Os palestinos não comentaram imediatamente o possível acordo.

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