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Israel planeja 2.500 novas casas em assentamentos na Cisjordânia

Cerca de 350 mil colonos vivem na Cisjordânia e outros 200 mil em Jerusalém Oriental, que Israel tomou no conflito de 1967

Assentamentos: um plano detalhado fornecido pelo gabinete do primeiro-ministro mostrou que grandes porções das casas planejadas ficariam fora das quadras já existentes dos assentamentos (Baz Ratner/Reuters)

Assentamentos: um plano detalhado fornecido pelo gabinete do primeiro-ministro mostrou que grandes porções das casas planejadas ficariam fora das quadras já existentes dos assentamentos (Baz Ratner/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 15h51.

Jerusalém - Israel anunciou nesta terça-feira planos para construir mais 2.500 casas em assentamentos na Cisjordânia ocupada, a segunda declaração do tipo desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assumiu indicando que será menos crítico de projetos dessa natureza do que seu antecessor.

Um comunicado do Ministério da Defesa, que administra terras que Israel capturou na Guerra dos Seis Dias de 1967, disse que a medida tem como meta atender à demanda de novas moradias "para preservar o cotidiano".

A maior parte da construção, disse a pasta, ocorrerá em quadras de assentamentos já existentes que Israel pretende manter mesmo no caso de um acordo de paz futuro com os palestinos.

Mas um plano detalhado fornecido pelo gabinete do primeiro-ministro mostrou que grandes porções das casas planejadas ficariam fora das quadras existentes.

Cerca de 350 mil colonos vivem na Cisjordânia e outros 200 mil em Jerusalém Oriental, que Israel tomou no conflito de 1967.

Para além das grandes quadras, a maioria das quais se localiza perto da fronteira israelense, há mais de 100 postos avançados de assentamentos espalhados pelas colinas da Cisjordânia.

Nabil Abu Rdainah, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, criticou o anúncio de Israel e disse que ele terá "consequências".

"A decisão irá impedir qualquer tentativa de restaurar a segurança e a estabilidade, reforçar o extremismo e o terrorismo e colocar obstáculos no caminho para qualquer esforço de iniciar um processo de paz que leve à segurança e à paz", disse.

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