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Israel pede que EUA vetem resolução da ONU sobre assentamentos

Nações Unidas pediram a suspensão imediata da construção de assentamentos israelenses em terras ocupadas na Palestina

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi ao Twitter ainda na madrugada local para fazer o apelo (Jewel Samad/AFP)
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Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 08h40.

Jerusalém - Israel pediu aos Estados Unidos nesta quinta-feira que vetem um esboço de resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que pede a suspensão imediata da construção de assentamentos em terras ocupadas que os palestinos querem para formar um Estado.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi ao Twitter ainda na madrugada local para fazer o apelo, sinal de que teme que o presidente norte-americano, Barack Obama, possa se despedir da função rompendo com uma política à qual se opõe há tempos e com um líder direitista com o qual sempre teve uma relação conturbada.

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O Egito circulou o esboço na noite de quarta-feira, e o conselho de 15 membros deve votá-lo às 18h (horário de Brasília) desta quinta-feira, informaram diplomatas. Não ficou claro, disseram, como os EUA, que costumam blindar Israel das ações da ONU, irão votar.

A resolução exigiria que Israel "cesse imediata e completamente todas as atividades de assentamento no território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental".

A Casa Branca não quis comentar. Alguns diplomatas esperam que Obama permita que o Conselho de Segurança aja abstendo o país na votação.

A gestão Obama vem repudiando a construção de assentamentos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental. Neste mês, autoridades dos EUA disseram, porém, que o presidente não deve adotar grandes medidas relativas ao processo de paz israelo-palestino antes de entregar o cargo.

Tuitando às 3h28, Netanyahu disse que os EUA "deveriam vetar a resolução anti-Israel no Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira".

Os líderes direitistas e pró-assentamentos do Estado judeu se animaram com a eleição do candidato presidencial republicano Donald Trump, que já sinalizou uma possível mudança na política de Washington nomeando um de seus advogados - um arrecadador de fundos para um grande assentamento israelense - como novo embaixador norte-americano em Israel.

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