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Israel em alerta máximo para o 7 de outubro e ameaça responder agressão iraniana

A data marca o estopim da guerra em Gaza; O presidente isralense também descreveu o irã como "cegos pelo ódio e empenhados na destruição" e diz preparar um ataque na terça-feira (8)

Israel e Irã (AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 6 de outubro de 2024 às 08h16.

Última atualização em 6 de outubro de 2024 às 08h47.

Israel anunciou, neste sábado (5), que está em alerta máximo antes do aniversário do ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, que foi o estopim da guerra em Gaza. Além disso, afirmou que "prepara uma resposta" à agressão lançada na terça-feira (8) pelo Irã contra seu território.

"Esta semana rememoramos o aniversário da guerra e o 7 de outubro. Estamos preparados com mais forças antecipadamente para este dia", afirmou o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari.

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O presidente israelense, Isaac Herzog, lembrou que ainda não se fecharam "completamente" as feridas do ataque surpresa do movimento islamista palestino no sul de Israel.

"Ameaça permanente"

Ele também denunciou a "ameaça permanente do Irã e de seus agentes terroristas", descrevendo-os como "cegos pelo ódio e empenhados na destruição" de Israel.

Na última terça-feira, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, em resposta às mortes do chefe do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh. O primeiro foi morto em um bombardeio israelense em 27 de setembro em Beirute, enquanto o segundo foi alvo de um ataque em Teerã, em 31 de julho.

Israel prepara resposta militar

"O exército israelense prepara uma resposta ao ataque", declarou à AFP uma autoridade militar israelense, que preferiu manter o anonimato.

"Israel tem o dever e o direito de se defender e responderá a estes ataques, e é o que faremos", insistiu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Já o chanceler iraniano, Abas Araghchi, prometeu que Teerã responderia com ainda "mais força" se Israel lançar um ataque de retaliação.

A agressão iraniana reacendeu o temor de uma conflagração no Oriente Médio, onde Israel está em guerra com o Hamas há quase um ano e, recentemente, iniciou uma campanha de bombardeios contra o Hezbollah no Líbano.

Bombardeios em Beirute e o deslocamento de tropas

Cinco bombardeios israelenses atingiram, neste sábado, o sul de Beirute e seus arredores. Correspondentes da AFP na capital libanesa ouviram várias explosões e viram colunas de fumaça subindo no sul da cidade, enquanto escombros em chamas de prédios se dispersaram, provocando outros incêndios.

"Nossos lares não existem mais"
Segundo o governo libanês, mais de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas pela violência, com cerca de 374.000 refugiando-se na Síria. Na Faixa de Gaza, a maioria dos 2,4 milhões de habitantes já foram deslocados.

Israel também ordenou a evacuação de uma parte central da Faixa de Gaza, informando que se prepara para agir "com força" contra combatentes do Hamas. Desde o início da guerra, mais de 41.825 pessoas morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, cujos dados são reconhecidos pela ONU.

“Mudamos o curso da guerra”, afirmou Netanyahu, destacando que Israel destruiu grande parte do arsenal de mísseis do Hezbollah.

A expectativa por uma escalada do conflito no Oriente Médio continua crescente, com Israel e Irã trocando ameaças e ataques.

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