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Israel diz que agentes mataram palestino na Cisjordânia

Segundo a versão oficial, motorista palestino bateu seu carro contra um jipe do Exército israelense e depois os atacou com um machado, quando foi morto por um tiro


	Tensões na Cisjordânia têm aumentado desde que o conflito de oito dias entre Israel e Gaza e o reconhecimento implícito da Palestina como Estado pela ONU
 (Marko Djurica/Reuters)

Tensões na Cisjordânia têm aumentado desde que o conflito de oito dias entre Israel e Gaza e o reconhecimento implícito da Palestina como Estado pela ONU (Marko Djurica/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 07h38.

Jerusalém - Um motorista palestino bateu seu carro contra um jipe do Exército israelense com oficiais de inteligência na região ocupada da Cisjordânia, nesta segunda-feira, e depois os atacou com um machado, quando foi morto por um tiro, afirmaram autoridades israelenses.

Dois passageiros do jipe ficaram feridos no incidente, que a polícia afirmou ter ocorrido em uma rua do lado de fora do assentamento judaico de Shavei Shomron, oeste da cidade palestina de Nablus.

Testemunhas palestinas identificaram o homem morto como Hatem Shadid, do vilarejo de Alar.

As testemunhas disseram que após os veículos colidirem, Shadid aproximou-se dos israelenses, que estavam feridos por causa do acidente, acertando um na cabeça e o outro no ombro com o objeto cortante que estava carregando.

Então, um dos israelenses atirou e o matou, contaram ambos os lados.

"As primeiras indicações são de que era um ataque terrorista", informou um oficial do Shin Bet, a agência de segurança israelense que monitora militantes palestinos e judaicos na Cisjordânia sob forte sigilo, e cujos oficiais estão envolvidos no incidente desta segunda-feira.

As tensões na Cisjordânia têm aumentado desde que o conflito de oito dias entre Israel e Gaza no mês passado e o reconhecimento implícito da Palestina como Estado pela ONU na semana passada, que o Estado judeu tentou bloquear.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou a expansão da construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia após a votação na ONU. O irmão de Shadid, Khaled, que conversou com a Reuters, disse que não havia recebido nenhuma notificação da morte. Ele contou que Shadid tinha 35 anos, trabalhava com construções, e tinha cinco filhos.

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