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Israel destrói casas palestinas ao sul de Hebron, diz ONG

Segundo ativista, trata-se da "maior campanha de demolições" de casas palestinas nessa zona da última década, e o número final poderia chegar a 40


	Palestina: trata-se de uma zona sob a responsabilidade direta do Exército israelense onde há uma dúzia de pequenas populações palestinas
 (Mussa Qawasma / Reuters)

Palestina: trata-se de uma zona sob a responsabilidade direta do Exército israelense onde há uma dúzia de pequenas populações palestinas (Mussa Qawasma / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 08h29.

Jerusalém - O exército israelense começou nesta terça-feira a demolir dezenas de casas no distrito de Hebron, no sul do território ocupado da Cisjordânia, a fim de evacuar a zona de palestinos, denunciou a ONG Breaking the Silence.

"Por enquanto foram demolidas 24 estruturas em uma área conhecida como 'Zona de fogo 918'", disse à Agência Efe Yehuda Shaul, ativista da ONG que faz o acompanhamento da situação nessa região.

Segundo Shaul, trata-se da "maior campanha de demolições" de casas palestinas nessa zona da última década, e o número final poderia chegar a 40, quantidade que coincide com a denúncia da ONG B'Tselem.

Trata-se de uma zona sob a responsabilidade direta do Exército israelense onde há uma dúzia de pequenas populações palestinas que vivem em cavernas da zona e estruturas precárias.

O exército a declarou zona militar nos anos 80 para impedir a expansão de população palestina e em 1999 exigiu que seus moradores a abandonassem.

Desde então, o assunto está nos tribunais israelenses, que após fortes pressões nacionais e internacionais, sobretudo por parte de um grupo de intelectuais de renome, pediram às partes uma mediação para resolvê-lo.

"Hoje deviam comparecer ao tribunal para informar que a mediação (externa) fracassou, mas ontem o Exército começou a marcar as casas para demolir", explicou Shaul.

Segundo o ativista, as demolições estão deixando sem casa dezenas de pessoas e além disso foram danificadas todos os tipos de estruturas de serviços e painéis solares que não deviam ter sido tocados.

"Tudo faz parte do interesse de Israel de tirar 1,5 mil pessoas de suas casas, pessoas que conformam um dos grupos mais frágeis e pobres da Cisjordânia, e com isso limpar a zona de palestinos", ressaltou.

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