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Israel conversará com México sobre crise diplomática

O conflito foi desencadeado por um tweet do primeiro-ministro israelense em apoio à construção do muro fronteiriço dos EUA com o México

Peña Nieto: o país acredita que eles serão capazes de "superar qualquer declaração ou assunto" (Getty Images)

Peña Nieto: o país acredita que eles serão capazes de "superar qualquer declaração ou assunto" (Getty Images)

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EFE

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 20h38.

Jerusalém - O presidente de Israel, Reuven Rivlin, conversará amanhã com seu homólogo mexicano, Enrique Peña Nieto, para superar a crise diplomática desencadeada por um tweet do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em apoio à construção do muro fronteiriço dos Estados Unidos, informou nesta segunda-feira o portal "Ynet".

O embaixador israelense no México, Jonathan Peled, se reuniu hoje com o subsecretário das Relações Exteriores do México, Carlos de Icaza, e concordaram em continuar as conversas "a fim de resolver o assunto" e manter "as boas relações entre os dois países", detalhou um comunicado oficial do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Peled reiterou que há uma "forte" relação de amizade entre Israel e México, e será capaz de "superar qualquer declaração ou assunto".

"O presidente (Donald) Trump está correto. Eu construí um muro na fronteira sul de Israel. Parou toda a imigração ilegal. Grande êxito. Grande ideia", publicou Netanyahu no sábado em suas redes sociais, o que provocou a imediata reação do México, que manifestou "sua profunda estranheza, rejeição e decepção".

O ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, pediu nesta segunda-feira a Israel que se desculpe e se retrate.

Por sua vez, o líder israelense negou que seu comentário fizesse referência ao México e responsabilizou a imprensa de provocar a polêmica.

"Quem mencionou o México?", disse Netanyahu em reunião com deputados de seu partido, Likud, e acusou a mídia de estar fazendo "lavagem cerebral" mobilizada por uma "caça bolchevique".

O tweet gerou mal-estar na sociedade e nas comunidades judaicas do país latino-americano, além de críticas de membros do aabinete de governo israelense, que pediram a Netanyahu que reconsiderasse suas palavras.

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