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Israel afirma ter assumido controle da fronteira de Rafah, na Faixa de Gaza

Ataque acontece depois do Hamas concordar com proposta de cessar-fogo

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 7 de maio de 2024 às 06h39.

Tanques israelenses assumiram o controle da passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, depois de avançarem durante a noite enquanto seus aviões atacavam residências. As informações são da Bloomberg.

A incursão ocorre depois de Israel ter dito que continuaria a sua operação militar em Rafah mesmo depois de o Hamas ter dito que aceitou uma proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada por mediadores do Qatar e do Egito.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que a proposta estava longe das exigências de Israel, mas que enviaria uma delegação ao Cairo para novas conversas.

Agências da ONU e grupos de ajuda humanitária alertam sobre as consequências de qualquer ataque militar israelense a Rafah depois que dezenas de milhares de palestinos receberam ordem de evacuação antes dos ataques. Mais de um milhão de palestinos deslocados vivem em Rafah.

Desde o início do conflito em Gaza, em 7 de outubro, aos menos 34.789 pessoas foram mortas e 78.204 ficaram feridas. O número de mortos em Israel devido aos ataques do Hamas é de 1.139, com dezenas de pessoas ainda mantidas em cativeiro.

Israel ordena 'saída imediata' de milhares de palestinos de Rafah

nstruídas por mensagens de texto em árabe, telefonemas e panfletos, algumas famílias palestinas já começaram a se deslocar para o que Israel chamou de "zona humanitária expandida".

Pouco depois do meio-dia em Gaza, várias explosões foram ouvidas ao leste de Rafah, disseram moradores e meios de comunicação do Hamas.

Um alto funcionário do Hamas disse que a ordem de evacuação era uma “escalada perigosa” que teria consequências.

“A administração dos EUA, juntamente com a ocupação israelense, são responsáveis por este terrorismo”, disse Sami Abu Zuhri, à Reuters, referindo-se à aliança de Israel com Washington.

Israel descreveu Rafah como "o último reduto significativo do Hamas" após sete meses de guerra, e os seus líderes disseram repetidamente que precisam realizar essa invasão terrestre para derrotar o grupo islâmico.

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