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Islândia evacua cidade de 3.400 habitantes após terremotos e risco de erupção

Em 2010, erupção no país gerou crise no tráfego aéreo entre EUA e Europa

Erupção na Islândia, em foto de arquivo (AFP)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 11 de novembro de 2023 às 20h28.

Os moradores de uma cidade pesqueira no sudoeste da Islândia , chamada Grindavik, tiveram de deixar suas casas neste sábado, 11, após as autoridades de Defesa Civil declararem estado de emergência na região devido à crescente preocupação com uma possível erupção vulcânica.

O monitoramento indicou que um corredor de magma agora se estende sob a comunidade, informou o Escritório Meteorológico da Islândia.A cidade de 3.400 habitantes fica na Península de Reykjanes, a cerca de 50 quilômetros a sudoeste da capital, Reykjavik.

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"Nesse estágio, não é possível determinar exatamente se e onde o magma pode chegar à superfície", disse o Escritório Meteorológico.As autoridades também elevaram seu alerta de aviação para laranja, indicando um risco maior de erupção vulcânica.

As erupções representam um sério risco para a aviação porque podem lançar cinzas altamente abrasivas na atmosfera que podem causar falhas nos motores dos jatos, danificar os sistemas de controle de voo e reduzir a visibilidade.

Uma grande erupção na Islândia em 2010 causou uma interrupção generalizada das viagens aéreas entre a Europa e a América do Norte, custando às companhias aéreas um valor estimado em US$ 3 bilhões, devido ao cancelamento de mais de 100 mil voos.

A evacuação ocorre depois que a região foi abalada por centenas de pequenos terremotos diários por mais de duas semanas, enquanto os cientistas monitoram um acúmulo de magma a cerca de 5 quilômetros de profundidade.

A preocupação com uma possível erupção aumentou na madrugada de quinta-feira, 9, quando um terremoto de magnitude 4,8 atingiu a área, forçando o resort geotérmico Blue Lagoon, conhecido internacionalmente, a fechar temporariamente.

A atividade sísmica começou em uma área ao norte de Grindavik, onde há uma rede de crateras com 2.000 anos, disse o professor de geologia Pall Einarrson à RUV da Islândia. Vídeos publicados nas redes sociais registraram os tremores de terra no país.

O corredor de magma tem cerca de 10 quilômetros de comprimento e está se espalhando, disse ele. "Os maiores terremotos se originaram lá, sob essa antiga série de crateras, mas desde então ele (o corredor de magma) está ficando mais longo, passou por baixo da área urbana de Grindavík e está indo ainda mais longe em direção ao mar", comentou

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