Islândia é o país mais pacífico do mundo, mostra novo estudo
De maneira geral, mundo está menos pacífico, apontou Instituto para Economia e Paz
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2013 às 13h34.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h34.
São Paulo – O mundo está menos pacífico, especialmente por um aumento de homicídios e um grande número de países que ampliou gastos militares. A conclusão é do estudo Índice de Paz Global, divulgado hoje pelo Instituto para Economia e Paz (IEP). O relatório fez uma análise para os dez países mais pacíficos do mundo, ranking liderado pela Islândia . Na maior parte desses países é possível notar uma tendência contrária, de baixo número de homicídios e redução nos gastos militares. Cada nação recebeu uma nota e quanto menor a pontuação, mais pacífico é o país. O Brasil figurou em 81º entre 162 países pesquisados. Conheça os 10 países mais pacíficos do mundo.
Segundo o relatório, o país, considerado o mais pacífico do mundo é livre de conflitos e tem taxas muito baixas de crimes, inclusive homicídios. A população carcerária está muito abaixo da média da Europa e entre as menores do mundo, com um índice de 47 presos para cada 100 mil habitantes (dado de 2012). A cena política também oferece certa estabilidade, afirma o relatório. O país já participou de missões de paz no Afeganistão, Líbano, Palestina e Balcãs.
O país teve um leve aumento nos riscos de atividade terrorista, que foi compensado pela queda nas importações de armas e equipamentos de defesa (causada por uma redução no orçamento). Sobre violência urbana, o relatório aponta que a taxa de homicídios no país é “extremamente baixa”, manifestações violentas são muito improváveis e a população carcerária é pequena (68 pessoas para cada 100 mil habitantes).
Embora tenha mantido sua posição, a pontuação subiu por conta de um leve aumento nos gastos militares, para uma taxa de 1,4% do PIB (ainda considerada baixa). “A maior parte dos critérios do índice que medem segurança mostra que a sociedade da Nova Zelândia é muito harmoniosa”, destaca o relatório. O documento lembra, porém, que a população carcerária ainda é alta em comparação com países desenvolvidos e está em 194 presos para cada 100 mil habitantes.
O país subiu duas posições no ranking entre 2012 e 2013. Os riscos de demonstrações terroristas diminuíram e as chances de demonstrações violentas da população se tornaram menos prováveis. No ano passado, manifestações em várias cidades (em alguns casos, violentas) contra um pacote de restrições para a internet impulsionaram a nota. O fim dessas manifestações colaborou com a melhora no ranking.
O país, que estreou no TOP 10 no ano passado, caiu cinco posições. Embora o país mantenha um perfil de neutralidade em conflitos internacionais, tem uma indústria bélica desenvolvida, com forte exportação de armas. Sobre violência urbana, o ranking destaca que o país tem baixíssimas taxas de criminalidade, inclusive de homicídios.
O único país asiático a aparecer no TOP 10 ainda está sob riscos relacionados a questões internacionais. A disputa com a China pelas ilhas Senkaku/Diaoyu e as crescentes tensões na Ásia, em especial por conta da Coreia do Norte, são alguns desses pontos. A alta segurança interna, porém, colabora com a posição do país no ranking.
O país perdeu posições muito mais pela melhora de outras nações do que por alguma questão interna. Assim como em outros países, a crise financeira rendeu corte de gastos militares no país. Além disso, a Finlândia tem alta segurança interna e pequena população carcerária (de 60 presos para cada 100 mil habitantes).
O país subiu uma posição no ranking. Os gastos militares caíram para 1% do PIB como parte de esforços contínuos do governo. Desde 2010, o orçamento do exército, por exemplo, diminuiu em 22%. As taxas de crimes e homicídios são baixas no Canadá. Demonstrações violentas, embora mais prováveis que em outros países do ranking, também são raras, afirma o relatório.
Considerando apenas segurança interna, a Suécia é o quarto mais pacífico do mundo. A situação econômica, boa relação com os vizinhos, e política estável ajudam o país. A indústria bélica desenvolvida, porém, puxa a Suécia para baixo no ranking.
A segurança interna também é elogiada na Bélgica. As tensões entre as comunidades linguísticas que dividem o país, porém, representam risco.
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