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Islamitas egípcios insistem em triunfo de seu candidato

Mohammed Mursi diz ter vencido as eleições com 52% dos votos, apesar de a Comissão Eleitoral Egípcia ainda não ter divulgado os resultados oficiais

Está previsto que nas próximas horas Mursi forme uma "equipe presidencial" que trabalhará com ele (©AFP / Patrick Baz)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 13h22.

Cairo - O porta-voz do candidato presidencial islamita Mohammed Mursi insistiu nesta terça-feira que ele é o vencedor das eleições , com 52% dos votos, após o final da apuração e de acordo com os dados que lhes proporcionou a Comissão Eleitoral Egípcia, que ainda não divulgou os resultados oficiais.

Em entrevista coletiva, o porta-voz de Mursi, Ahmad Abdel Ati, afirmou que seus números são "verdadeiros", já que são os que a Junta Eleitoral comunicou aos representantes da campanha do candidato da Irmandade Muçulmana.

Abdel Ati acrescentou que o rival de Mursi, o general aposentado Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro do regime de Hosni Mubarak, conseguiu 48% dos votos.

Ambos candidatos reivindicaram ontem a vitória nas eleições presidenciais, realizadas no último final de semana no Egito.

Mursi se atribuiu a vitória na madrugada da segunda-feira por uma margem de cinco pontos com mais de 97% dos votos apurados, algo que foi desmentido mais tarde pela equipe de Shafiq, que assegurou que era ele quem liderava a apuração.

Os resultados oficiais não serão divulgados até quarta ou quinta-feira, já que entre ontem e hoje os candidatos podem apresentar impugnações.

No entanto, Abdel Ati assegurou que não estão "preocupados" porque se baseiam em números oferecidos pela Comissão Eleitoral.

Abdel Ati apontou que foram apresentados 140 recursos, dos quais 100 foram aceitos pela Comissão Eleitoral, que amanhã terá que pronunciar-se sobre as alegações.


O porta-voz islamita destacou que tem certeza que as denúncias vão dar mais votos a Mursi.

Também espera-se que Shafiq apresente alegações, pois seu porta-voz de campanha denunciou ontem "fortes irregularidades" no processo eleitoral.

Na entrevista coletiva, o porta-voz de Mursi reiterou que o candidato islamita "quer abrir uma nova página no diálogo entre as forças políticas e evitar o choque com qualquer parte".

Está previsto que nas próximas horas Mursi forme uma "equipe presidencial" que trabalhará com ele, segundo Abdel Ati, que insistiu que o dirigente islamita será "um presidente com todos os poderes", depois que a Junta Militar egípcia blindou ontem boa parte de suas prerrogativas perante a próxima transferência do poder executivo ao novo líder.

A Irmandade Muçulmana também anunciou que participará hoje junto com outros grupos em manifestações maciças em distintas praças egípcias para rejeitar a recente dissolução do Parlamento e as emendas introduzidas pela Junta Militar à Constituição interina pelas quais se reservam certas competências.

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Cairo - O porta-voz do candidato presidencial islamita Mohammed Mursi insistiu nesta terça-feira que ele é o vencedor das eleições , com 52% dos votos, após o final da apuração e de acordo com os dados que lhes proporcionou a Comissão Eleitoral Egípcia, que ainda não divulgou os resultados oficiais.

Em entrevista coletiva, o porta-voz de Mursi, Ahmad Abdel Ati, afirmou que seus números são "verdadeiros", já que são os que a Junta Eleitoral comunicou aos representantes da campanha do candidato da Irmandade Muçulmana.

Abdel Ati acrescentou que o rival de Mursi, o general aposentado Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro do regime de Hosni Mubarak, conseguiu 48% dos votos.

Ambos candidatos reivindicaram ontem a vitória nas eleições presidenciais, realizadas no último final de semana no Egito.

Mursi se atribuiu a vitória na madrugada da segunda-feira por uma margem de cinco pontos com mais de 97% dos votos apurados, algo que foi desmentido mais tarde pela equipe de Shafiq, que assegurou que era ele quem liderava a apuração.

Os resultados oficiais não serão divulgados até quarta ou quinta-feira, já que entre ontem e hoje os candidatos podem apresentar impugnações.

No entanto, Abdel Ati assegurou que não estão "preocupados" porque se baseiam em números oferecidos pela Comissão Eleitoral.

Abdel Ati apontou que foram apresentados 140 recursos, dos quais 100 foram aceitos pela Comissão Eleitoral, que amanhã terá que pronunciar-se sobre as alegações.


O porta-voz islamita destacou que tem certeza que as denúncias vão dar mais votos a Mursi.

Também espera-se que Shafiq apresente alegações, pois seu porta-voz de campanha denunciou ontem "fortes irregularidades" no processo eleitoral.

Na entrevista coletiva, o porta-voz de Mursi reiterou que o candidato islamita "quer abrir uma nova página no diálogo entre as forças políticas e evitar o choque com qualquer parte".

Está previsto que nas próximas horas Mursi forme uma "equipe presidencial" que trabalhará com ele, segundo Abdel Ati, que insistiu que o dirigente islamita será "um presidente com todos os poderes", depois que a Junta Militar egípcia blindou ontem boa parte de suas prerrogativas perante a próxima transferência do poder executivo ao novo líder.

A Irmandade Muçulmana também anunciou que participará hoje junto com outros grupos em manifestações maciças em distintas praças egípcias para rejeitar a recente dissolução do Parlamento e as emendas introduzidas pela Junta Militar à Constituição interina pelas quais se reservam certas competências.

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