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Islamitas dizem ter decidido destino de refém francês

Denis Allex - provavelmente um pseudônimo - agente francês da DGSE (Serviços Franceses de Inteligência Externa), foi capturado em 14 julho de 2009, em Mogadíscio

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 15h28.

Nairõbi - Os insurgentes islamitas somalis Shebab anunciaram nesta segunda-feira no Twitter que chegaram a um "veredicto unânime" sobre o "destino" do francês Denis Allex, refém do grupo na Somália desde 2009 e que foi supostamente morto no sábado após o fracasso de uma operação para libertá-lo.

"Os detalhes desse veredicto e informações relativas aos eventos que levaram à operação de resgate fracassada serão divulgados nas próximas horas, se Deus quiser", indicaram os insurgentes em um texto publicado em sua conta no Twitter.

Paris considera muito provável a morte de Allex, mas os Shebab asseguraram que ele ainda estava vivo e em seu poder, e anunciaram sua intenção de julgá-lo. No entanto, os combatentes não apresentaram provas de vida do refém.

Denis Allex - provavelmente um pseudônimo - agente francês da DGSE (Serviços Franceses de Inteligência Externa), foi capturado em 14 julho de 2009, em Mogadíscio.

Uma operação na madrugada de sábado efetuada pelo Serviço de Ação (SA) da DGSE foi um fracasso: o refém não foi libertado e provavelmente foi executado por seus captores, e dois militares franceses foram mortos, segundo o Ministério da Defesa francês.

O corpo de um dos soldados não pode ser recuperado e foi deixado no local, disse à AFP uma fonte próxima ao caso.

Os Shebab publicaram três fotos do corpo de um homem branco, descrito como o "chefe da operação" para libertar Denis Allex, ao lado de um equipamento militar moderno.

O cativeiro de Denis Allex é o mais longo de um refém francês no exterior, atrás apenas da franco-colombiana Ingrid Betancourt, mantida em poder por mais de seis anos por guerrilheiros colombianos antes de ser libertada pelo Exército.

No dia 4 de outubro, Denis Allex apareceu com um semblante pálido e os olhos fundos, em um vídeo em que pedia ao presidente francês, François Hollande, que atuasse por sua libertação.

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