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Islamismo moderado arrasa nas eleições da Tunísia, segundo dados não oficiais

Informação é dos primeiros dados não oficiais proporcionados pelos partidos

País teve a sua primeira eleição depois do movimento conhecido pelo nome de Primavera Árabe (Getty Images)

País teve a sua primeira eleição depois do movimento conhecido pelo nome de Primavera Árabe (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2011 às 05h09.

Túnis - O partido islamita moderado Movimento An Nahda ganhou as eleições para a Assembleia Constituinte realizadas neste domingo na Tunísia, segundo os primeiros dados não oficiais proporcionados pelos partidos consultados pela Agência Efe.

Enquanto a Instância Superior Independente para as Eleições (ISIE) informou que os resultados definitivos e oficiais serão anunciados na terça-feira, os principais partidos em disputa dispõem de informação obtida com dados de seus fiscais nas diferentes circunscrições.

Segundo fontes do An Nahda, 'os votos obtidos superaram amplamente o que predisseram as pesquisas, por isso que, em vez de 20% previsto, teria se chegado a mais de 40% de votos favoráveis, em uma primeira apuração, uma percentagem que pode ser vista aumentando conforme avançarem as contagens'.

Por sua parte, Abdelhamid Eslassi, diretor da campanha eleitoral do An Nahda, anunciou em entrevista coletiva que sua legenda obteve 'mais doe 50% dos votos dos tunisianos que vivem no estrangeiro', o que lhes proporciona 10 das 18 cadeiras que lhes correspondem na Assembleia.

A secretária-geral do Partido Democrático Progressista (PDP, centro), Maya Zribi, reconheceu que os eleitores preferiram votar nos islamitas.

'Nos inclinamos perante a decisão do povo. Com os dados que temos constatamos uma tendência no voto a favor das listas islamitas, e o limite de nossos resultados', disse em declarações à Efe.

Ridha Ben Fadel, chefe de campanha da coalizão de partidos laicos de esquerda, Polo Democrático Modernista (PDM), declarou que 'o conjunto da família progressista não poderá reunir uma maioria na nova Assembleia Constituinte, segundo se nota com a rodada de consultas'.

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