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Iraque se recusa a discutir independência curda após referendo

Resultados iniciais da votação indicaram que 72 por cento dos eleitores registrados votaram e que a imensa maioria disse "sim" à independência

Presidente do governo regional do Curdistão afirmou que o referendo foi concebido para proporcionar um mandato para negociações com Bagdá (Azad Lashkari/Reuters)
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Reuters

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 09h17.

Erbil, Iraque - O governo do Iraque descartou nesta terça-feira conversar sobre uma possível separação de partes do norte do país controladas por curdos, depois de um referendo sobre a independência ter mostrado um grande apoio à secessão.

Os resultados iniciais da votação de segunda-feira indicaram que 72 por cento dos eleitores registrados votaram e que a imensa maioria, possivelmente acima de 90 por cento, disse "sim", segundo a rede de televisão Rudaw, sediada em Erbil. Os resultados finais são esperados para quarta-feira.

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As comemorações continuaram até as primeiras horas desta terça-feira em Erbil, capital da região curda, que foi iluminada por fogos de artifício e decorada com bandeiras curdas. As pessoas dançavam nas praças enquanto comboios de carros passavam tocando as buzinas.

Na etnicamente diversificada Kirkuk, autoridades locais lideradas por curdos suspenderam um toque de recolher noturno imposto de um dia para o outro na cidade, na qual árabes e turcomenos se opuseram à votação. O referendo provocou o temor de um novo conflito regional.

O presidente do governo regional do Curdistão, Masoud Barzani, afirma que a consulta não tem caráter obrigatório, mas que foi concebida para proporcionar um mandato para negociações com Bagdá e países vizinhos com vistas a uma separação pacífica de sua região do Iraque.

Bagdá, no entanto, persistiu em sua oposição inabalável à independência curda. "Não estamos dispostos a discutir ou dialogar sobre os resultados do referendo porque ele é inconstitucional", afirmou o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, em um discurso feito na noite de segunda-feira.

Os curdos realizaram a votação apesar de Bagdá e seus poderosos vizinhos Irã e Turquia terem ameaçado impedi-la.

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