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Iraque entra em Fallujah e toma quartel-general do EI

O complexo reconquistado abriga o conselho local e as instalações das forças de segurança

Exército: o complexo reconquistado abriga o conselho local e as instalações das forças de segurança (Thaier Al-Sudani / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 15h51.

As forças iraquianas entraram nesta sexta-feira no centro da cidade de Fallujah e retomaram o controle do complexo governamental do grupo extremista Estado Islâmico (EI), informaram comandantes militares.

Depois de vários dias de combate, as Forças de Elite de Contra o Terrorismo (CTS) e outras unidades iraquianas conseguiram entrar no centro deste importante reduto extremista a 50 km de Bagdá . Antes haviam cercado a cidade e reconquistado algumas áreas do subúrbio.

"As unidades do CTS e as forças de intervenção rápida retomaram o complexo governamental no centro de Fallujah", afirmou à AFP o general Abdelwahab al-Saadi, comandante da operação militar.

Raed Shaker Jawdat, chefe da Polícia Federal, confirmou o avanço das forças iraquianas, uma etapa importante na ofensiva iniciada em 23 de maio para recuperar Fallujah, sob controle dos extremistas desde janeiro de 2014.

"A libertação do quartel-general, principal complexo governamental da cidade, simboliza o restabelecimento da autoridade do Estado", disse.

Os dois comandantes afirmaram que as forças iraquianas enfrentaram resistência, limitada, dos jihadistas em seu avanço para o centro da cidade.

O complexo reconquistado abriga o conselho local e as instalações das forças de segurança.

Em seu avanço, as tropas iraquianas também recuperaram vários bairros do sul e leste, e agora controlam cerca de 50% de Fallujah.

Os extremistas "fugiram em massa para o oeste (...), o que explica a sua fraca resistência. Há ainda alguns núcleos de jihadistas que rastejam no centro da cidade", garantiu o comandante.

De acordo com autoridades, vários membros do EI escaparam misturando-se com os civis que deixaram a cidade nos últimos dias, e em alguns casos subornando militares.

"A maioria dos principais líderes (do EI) já não estão mais na cidade, e os jihadistas que ficaram para trás não são seus melhores lutadores", disse um oficial, que não quis revelar sua identidade.

O EI se apoderou de Fallujah, uma cidade na província de Al-Anbar povoada principalmente por sunitas, em 2014, cinco meses antes de sua ofensiva no Iraque, que lhe permitiu assumir o controle de outras regiões, como Mosul, a segunda maior cidade do país.

Se o EI perder Fallujah, Mossul seria a única grande cidade sob seu controle no Iraque, depois de ser expulso de outras localidades.

Ofensivas contra o EI

Desde o início da operação, pelo menos 48.000 pessoas fugiram de suas casas. Mas milhares permanecem bloqueadas no centro de Fallujah, onde, de acordo com várias ONGs, os extremistas os utilizam como escudos humanos.

Agora, muitos dos que fugiram se tornaram refugiados em campos perto da cidade.

"Nós tememos um desastre humanitário em Fallujah e outro desastre nos campos", declarou nesta sexta-feira Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês de Refugiados (NRC).

"Milhares de pessoas que fugiram do fogo cruzado depois de meses de cerco e à beira da fome, necessitam de assistência e cuidados imediatos, mas nossas reservas vão acabar muito em breve", disse ele, apelando à comunidade internacional para intervir com urgência.

Os civis que fogem também arriscam serem detidos pelas forças do governo sob a acusação de colaborar com o grupo extremistas sunita.

As forças paramilitares, que combatem ao lado das forças iraquianas e que são controladas por milícias xiitas, foram acusadas ​​por civis de cometer todos os tipos de abusos na região.

O EI, responsável por terríveis abusos e ataques mortais em várias partes do mundo, também é alvo de várias ofensivas na Síria, onde ocupa grandes áreas, e na Líbia, onde os grupos pró-governo tentam recuperar Sirte.

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As forças iraquianas entraram nesta sexta-feira no centro da cidade de Fallujah e retomaram o controle do complexo governamental do grupo extremista Estado Islâmico (EI), informaram comandantes militares.

Depois de vários dias de combate, as Forças de Elite de Contra o Terrorismo (CTS) e outras unidades iraquianas conseguiram entrar no centro deste importante reduto extremista a 50 km de Bagdá . Antes haviam cercado a cidade e reconquistado algumas áreas do subúrbio.

"As unidades do CTS e as forças de intervenção rápida retomaram o complexo governamental no centro de Fallujah", afirmou à AFP o general Abdelwahab al-Saadi, comandante da operação militar.

Raed Shaker Jawdat, chefe da Polícia Federal, confirmou o avanço das forças iraquianas, uma etapa importante na ofensiva iniciada em 23 de maio para recuperar Fallujah, sob controle dos extremistas desde janeiro de 2014.

"A libertação do quartel-general, principal complexo governamental da cidade, simboliza o restabelecimento da autoridade do Estado", disse.

Os dois comandantes afirmaram que as forças iraquianas enfrentaram resistência, limitada, dos jihadistas em seu avanço para o centro da cidade.

O complexo reconquistado abriga o conselho local e as instalações das forças de segurança.

Em seu avanço, as tropas iraquianas também recuperaram vários bairros do sul e leste, e agora controlam cerca de 50% de Fallujah.

Os extremistas "fugiram em massa para o oeste (...), o que explica a sua fraca resistência. Há ainda alguns núcleos de jihadistas que rastejam no centro da cidade", garantiu o comandante.

De acordo com autoridades, vários membros do EI escaparam misturando-se com os civis que deixaram a cidade nos últimos dias, e em alguns casos subornando militares.

"A maioria dos principais líderes (do EI) já não estão mais na cidade, e os jihadistas que ficaram para trás não são seus melhores lutadores", disse um oficial, que não quis revelar sua identidade.

O EI se apoderou de Fallujah, uma cidade na província de Al-Anbar povoada principalmente por sunitas, em 2014, cinco meses antes de sua ofensiva no Iraque, que lhe permitiu assumir o controle de outras regiões, como Mosul, a segunda maior cidade do país.

Se o EI perder Fallujah, Mossul seria a única grande cidade sob seu controle no Iraque, depois de ser expulso de outras localidades.

Ofensivas contra o EI

Desde o início da operação, pelo menos 48.000 pessoas fugiram de suas casas. Mas milhares permanecem bloqueadas no centro de Fallujah, onde, de acordo com várias ONGs, os extremistas os utilizam como escudos humanos.

Agora, muitos dos que fugiram se tornaram refugiados em campos perto da cidade.

"Nós tememos um desastre humanitário em Fallujah e outro desastre nos campos", declarou nesta sexta-feira Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês de Refugiados (NRC).

"Milhares de pessoas que fugiram do fogo cruzado depois de meses de cerco e à beira da fome, necessitam de assistência e cuidados imediatos, mas nossas reservas vão acabar muito em breve", disse ele, apelando à comunidade internacional para intervir com urgência.

Os civis que fogem também arriscam serem detidos pelas forças do governo sob a acusação de colaborar com o grupo extremistas sunita.

As forças paramilitares, que combatem ao lado das forças iraquianas e que são controladas por milícias xiitas, foram acusadas ​​por civis de cometer todos os tipos de abusos na região.

O EI, responsável por terríveis abusos e ataques mortais em várias partes do mundo, também é alvo de várias ofensivas na Síria, onde ocupa grandes áreas, e na Líbia, onde os grupos pró-governo tentam recuperar Sirte.

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