Forças estrangeiras: Abadi destacou que o que quer da comunidade internacional é respaldo aéreo e de armas, munição e formação (Carsten Koall / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 08h55.
Bagdá - O primeiro-ministro do Iraque, Haidar al Abadi, insistiu que seu país não precisa de receber forças terrestres estrangeiras, e afirmou que esta ação será considerada "uma agressão" à soberania nacional se chegar a acontecer.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, Abadi expressou sua "absoluta rejeição a esse tipo de atos de outros países, que infringem sua soberania nacional", mesmo que o objetivo seja lutar contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
O chefe de governo se comprometeu a não permitir a presença de qualquer tipo de força estrangeira em território iraquiano, e acrescentou que as autoridades iraquianas não pediram o envio de tropas nem para outros países da região nem à coalizão internacional que combate o EI.
Abadi destacou que o que o Iraque quer da comunidade internacional é respaldo aéreo e de armas, munição e formação.
No último dia 30 de novembro, o governo iraquiano já havia afirmado que não precisa de tropas americanas para lutar contra o EI no terreno, respondendo a uma proposta feita pelo chefe do Comitê das Forças Armadas do Senado dos EUA, John McCain, de enviar 10 mil soldados americanos ao Iraque.
Nos últimos dias houve várias declarações neste sentido, depois de o Pentágono anunciar que enviará ao Iraque cerca de cem militares, dentro de um grupo expedicionário de Forças de Operações Especiais.
Atualmente, 3.500 militares americanos estão no Iraque, a maioria dedicada a assessorar e treinar as forças locais.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu ontem a decisão de enviar mais uma centena de membros das forças especiais ao Iraque, mas alegou que não repetirá a experiência como a da invasão de 2003.
Sobre a Síria, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse ontem que os EUA devem ajudar a criar um contingente de forças terrestres sírias e árabes para lutar contra o EI porque os bombardeios aéreos não são suficientes.