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Iraniana condenada a apedrejamento recria morte de marido na TV

A sentença para que Sakineh Mohammadi Ashtiani fosse apedrejada por adultério foi declarada suspensa

Não está claro se Sakineh concordou em participar da gravação (AFP)

Não está claro se Sakineh concordou em participar da gravação (AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2010 às 13h45.

Teerã - A televisão iraniana levou ao ar um documentário neste sábado no qual a mulher cuja sentença de morte por apedrejamento causou revolta na comunidade internacional, faz uma reconstituição do assassinato de seu marido, crime pelo qual ela pode ser enforcada.

A TV estatal em língua inglesa Press TV divulgou uma gravação de meia hora para mostrar o que seria o outro lado da história que teria sido mal compreendida pela imprensa internacional. O programa, no entanto, deve provocar ainda mais questionamentos sobre os direitos humanos e a liberdade de imprensa no Irã.

A sentença para que Sakineh Mohammadi Ashtiani fosse apedrejada por adultério --o único crime que implica nesta sentença segundo a lei islâmica do Irã-- foi declarada suspensa em setembro após condenação internacional.

Rumores de que ela teria sido solta se espalharam na Internet na quinta-feira após organismos de defesa dos direitos humanos na Europa aparentemente interpretarem de forma errada fotografias divulgadas antes do programa na Press TV mostrando Ashtani em casa, onde a reconstituição do crime foi filmada.

No filme, Ashitani faz o papel que supostamente teria desempanhado na morte do marido numa reconstituição em branco e preto com uma câmera trêmula e uma música dramática de fundo.Não está claro se ela concordou em participar da gravação.

Ela aparece injetando um sedativo em seu marido antes de um ator que interpreta seu amante chegar para amarrar o marido a fios e conectá-los a um soquete elétrico.

"Ele decidiu matar meu marido eletrocutando-o", diz ela na entrevista.

A reconstituição é intercalada com fotos do cadáver de Ibrahim Abedzadeh, incluindo queimaduras em seu corpo. O assassinato dele aconteceu em 2005.

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