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Irã segue cumprindo acordo nuclear interino, diz AIEA

Agência Internacional de Energia Atômica confirmou em um novo relatório que o Irã segue cumprindo o pactuado no grande acordo nuclear interino

Sede da AIEA: iranianos não enriqueceram urânio acima de 5% (Joe Klamar/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 09h08.

Viena - A Agência Internacional de Energia Atômica ( AIEA ) confirmou em um novo relatório que o Irã segue cumprindo o pactuado no grande acordo nuclear interino assinado em novembro do ano passado com seis grandes potências.

Segundo o documento, enviado ontem à noite em Viena pela agência nuclear da ONU aos seus países-membros, O Irã manteve a suspensão de parte de suas atividades atômicas em troca da retirada parcial das sanções internacionais.

Concretamente, os iranianos não enriqueceram urânio acima de 5%, assim como não colocaram em funcionamento novas centrífugas para produzir esse material, que serve para combustível nuclear mas também é utilizado para fabricar bombas.

Além disso, o Irã diluiu quase 75 quilos de urânio enriquecido a 20% -mais de um terço do que tinha há dois meses- até níveis inferiores a 5%, confirmou a AIEA.

A pureza do urânio enriquecido é fundamental para seu uso posterior. Para fins militares, é necessário atingir um estágio de 90%.

No entanto, o processo para se chegar de 5% para 20% é mais complexo do que chegar depois em 90%, dizem os cientistas.

O organismo confirmou também que, como estava pactuado, o Irã 'não avançou mais' nas atividades das usinas de Natanz, Fordo e Arak, as três principais instalações de seu amplo programa nuclear.

Além disso, os iranianos apresentaram informação sobre o projeto da usina de água pesada de Arak, enquanto Natanz e Fordo recebem visitas diárias dos inspetores da AIEA.


Na central de Arak, futuramente poderia ser produzido plutônio, outro material que serve para fabricar bombas nucleares.

O Irã mantém, além disso, atividades na usina de pesquisa de enriquecimento em Natanz, embora não utilize estas 'práticas' para acumular urânio enriquecido, certificou a AIEA.

Segundo o estipulado, as autoridades iranianas concederam acesso e informação sobre a mina de urânio de Gchine.

O acordo nuclear interino, assinado entre Irã e seis grandes potências (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha), prevê formalizar até julho um acordo global que ponha um fim ao conflito nuclear com o Irã.

As partes se reuniram esta semana em Viena para seguir negociando e pactuaram uma nova rodada de conversas para 7 de abril, novamente na capital austríaca.

A comunidade internacional teme que o Irã deseje sob o amparo de um suposto programa civil produzir armas atômicas.

Teerã rejeita as alegações e assegura que só tem intenções pacíficas, como a geração de energia elétrica e aplicações atômicas para a medicina.

No entanto, o enorme alcance das atividades nucleares do Irã e sua negativa de ser mais transparente levantaram suspeitas, inclusive dos analistas da AIEA.

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Viena - A Agência Internacional de Energia Atômica ( AIEA ) confirmou em um novo relatório que o Irã segue cumprindo o pactuado no grande acordo nuclear interino assinado em novembro do ano passado com seis grandes potências.

Segundo o documento, enviado ontem à noite em Viena pela agência nuclear da ONU aos seus países-membros, O Irã manteve a suspensão de parte de suas atividades atômicas em troca da retirada parcial das sanções internacionais.

Concretamente, os iranianos não enriqueceram urânio acima de 5%, assim como não colocaram em funcionamento novas centrífugas para produzir esse material, que serve para combustível nuclear mas também é utilizado para fabricar bombas.

Além disso, o Irã diluiu quase 75 quilos de urânio enriquecido a 20% -mais de um terço do que tinha há dois meses- até níveis inferiores a 5%, confirmou a AIEA.

A pureza do urânio enriquecido é fundamental para seu uso posterior. Para fins militares, é necessário atingir um estágio de 90%.

No entanto, o processo para se chegar de 5% para 20% é mais complexo do que chegar depois em 90%, dizem os cientistas.

O organismo confirmou também que, como estava pactuado, o Irã 'não avançou mais' nas atividades das usinas de Natanz, Fordo e Arak, as três principais instalações de seu amplo programa nuclear.

Além disso, os iranianos apresentaram informação sobre o projeto da usina de água pesada de Arak, enquanto Natanz e Fordo recebem visitas diárias dos inspetores da AIEA.


Na central de Arak, futuramente poderia ser produzido plutônio, outro material que serve para fabricar bombas nucleares.

O Irã mantém, além disso, atividades na usina de pesquisa de enriquecimento em Natanz, embora não utilize estas 'práticas' para acumular urânio enriquecido, certificou a AIEA.

Segundo o estipulado, as autoridades iranianas concederam acesso e informação sobre a mina de urânio de Gchine.

O acordo nuclear interino, assinado entre Irã e seis grandes potências (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha), prevê formalizar até julho um acordo global que ponha um fim ao conflito nuclear com o Irã.

As partes se reuniram esta semana em Viena para seguir negociando e pactuaram uma nova rodada de conversas para 7 de abril, novamente na capital austríaca.

A comunidade internacional teme que o Irã deseje sob o amparo de um suposto programa civil produzir armas atômicas.

Teerã rejeita as alegações e assegura que só tem intenções pacíficas, como a geração de energia elétrica e aplicações atômicas para a medicina.

No entanto, o enorme alcance das atividades nucleares do Irã e sua negativa de ser mais transparente levantaram suspeitas, inclusive dos analistas da AIEA.

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