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Irã realiza prisões relacionadas à queda de avião ucraniano

O avião, um Boeing 737, foi confundido com um míssil de cruzeiro e abatido por engano pelas forças iranianas, matando os 176 pessoas a bordo

Irã: presidente do país, Hassan Rohani, pediu a formação de um tribunal especial com um juiz de alto escalão para investigar o erro (Nazanin Tabatabaee/WANA/Reuters)
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EFE

Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 08h56.

Teerã - A Justiça do Irã anunciou nesta terça-feira (14) que realizou prisões após a queda de um avião ucraniano, na semana passada, perto de Teerã, onde todos os seus 176 ocupantes morreram.

O porta-voz do Poder Judiciário, Gholamhosein Esmaili, explicou em uma entrevista coletiva que "foram realizadas investigações exaustivas e algumas pessoas foram presas", sem dar mais detalhes.

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O avião, um Boeing 737 da companhia aérea Ukraine International Airlines (UIA) com destino a Kiev, foi abatido logo após decolar do Aeroporto Internacional Imam Jomeini, em Teerã, quando confundido, segundo os Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC), com um míssil de cruzeiro.

Essa tragédia é parte da escalada de tensão entre os Estados Unidos e o Irã, que aguardava um ataque de retaliação americana pelo bombardeio em uma base militar no Iraque com a presença de tropas dos EUA.

A queda da aeronave, inicialmente negada pelas autoridades iraniana, causou grande descontentamento entre a população local, culminando com protestos nos últimos dias contra o sistema islâmico do país.

 

Devido à magnitude e controvérsia do caso, o presidente iraniano, Hassan Rohani, pediu nesta terça a formação de "um tribunal especial com um juiz de alto escalão e dezenas de especialistas" para investigar o erro que causou a queda do avião.

"Este não é um caso normal e o mundo inteiro o seguirá em nosso tribunal", disse o presidente, acrescentando "você não pode culpar uma única pessoa" pela tragédia.

"O governo continuará seus esforços até que todos os aspectos do incidente sejam investigados e para garantir que os envolvidos sejam punidos e que essas coisas não voltem a acontecer", disse.

Em seu discurso, Rohani culpou os EUA, que, segundo ele, "incendiaram o clima e tornaram a situação anormal", mas reconheceu que isso não significa que as causas do incidente não devam ser abordadas.

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