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Irã pede que negociadores aceitem programa nuclear

Alaedin Boroujerdi afirma que uma futura reunião entre representantes iranianos e o G5+1 será 'inútil' se pretendem 'não respeitar a capacidade nuclear do Irã'

No dia 14 de março, o Irã comunicou ao G5+1 seu interesse em fixar um local e data para dialogar sem contrapartidas e de forma construtiva (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 21h27.

Teerã - O presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano, Alaedin Boroujerdi, pediu ao Grupo 5+1 que evite o confronto e aceite um Irã com capacidade nuclear para uso civil e pacífico.

Em entrevista publicada nesta segunda-feira pela agência oficial, 'Irna', Boroujerdi afirma que uma futura reunião entre representantes iranianos e o G5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia, além da Alemanha) será 'inútil' se pretendem 'não respeitar a capacidade nuclear do Irã'.

Segundo ele, os EUA e seus aliados puderam ver nos últimos meses que o Irã produz o combustível nuclear necessário - urânio enriquecido a 20% - para suas instalações nucleares e para o reator de uso médico de Teerã, que produz isótopos radioativos para 800 mil pacientes.

Por isso, ele pediu ao G5+1 que 'aceite a realidade' e advertiu que o Parlamento do Irã, para o qual foi reeleito no primeiro turno das eleições realizadas no dia 2 de março, não aceitará os compromissos do governo para dar passos para trás em seu avanço nuclear.

'Os deputados esperam que a equipe negociadora nuclear iraniana alcance uma mudança na situação atual e consiga o cancelamento das resoluções da ONU sobre o Irã', disse Boruyerdi, em referência às sanções internacionais impostas ao país.


Para o deputado, a questão nuclear iraniana deve se afastar do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ser tratada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), agência nuclear da ONU que supervisiona o cumprimento do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), do qual o Irã é signatário.

No dia 14 de março, o Irã comunicou ao G5+1 seu interesse em fixar um local e data para dialogar sem contrapartidas e de forma construtiva sobre seu polêmico programa nuclear, o que poderia acontecer no início de abril possivelmente em Istambul.

Em uma carta, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, afirmou à chefe de diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, coordenadora do G5+1, que o 'Irã está interessado em conversas construtivas e incondicionais (que permitam) desenvolver uma cooperação sustentável'.

Na próxima reunião, deve ser discutido o plano russo de aproximação 'passo a passo' de Teerã com a AIEA e o 5+1, no qual concessões iranianas seriam seguidas por uma redução gradual das sanções a Teerã.

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Teerã - O presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano, Alaedin Boroujerdi, pediu ao Grupo 5+1 que evite o confronto e aceite um Irã com capacidade nuclear para uso civil e pacífico.

Em entrevista publicada nesta segunda-feira pela agência oficial, 'Irna', Boroujerdi afirma que uma futura reunião entre representantes iranianos e o G5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia, além da Alemanha) será 'inútil' se pretendem 'não respeitar a capacidade nuclear do Irã'.

Segundo ele, os EUA e seus aliados puderam ver nos últimos meses que o Irã produz o combustível nuclear necessário - urânio enriquecido a 20% - para suas instalações nucleares e para o reator de uso médico de Teerã, que produz isótopos radioativos para 800 mil pacientes.

Por isso, ele pediu ao G5+1 que 'aceite a realidade' e advertiu que o Parlamento do Irã, para o qual foi reeleito no primeiro turno das eleições realizadas no dia 2 de março, não aceitará os compromissos do governo para dar passos para trás em seu avanço nuclear.

'Os deputados esperam que a equipe negociadora nuclear iraniana alcance uma mudança na situação atual e consiga o cancelamento das resoluções da ONU sobre o Irã', disse Boruyerdi, em referência às sanções internacionais impostas ao país.


Para o deputado, a questão nuclear iraniana deve se afastar do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ser tratada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), agência nuclear da ONU que supervisiona o cumprimento do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), do qual o Irã é signatário.

No dia 14 de março, o Irã comunicou ao G5+1 seu interesse em fixar um local e data para dialogar sem contrapartidas e de forma construtiva sobre seu polêmico programa nuclear, o que poderia acontecer no início de abril possivelmente em Istambul.

Em uma carta, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, afirmou à chefe de diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, coordenadora do G5+1, que o 'Irã está interessado em conversas construtivas e incondicionais (que permitam) desenvolver uma cooperação sustentável'.

Na próxima reunião, deve ser discutido o plano russo de aproximação 'passo a passo' de Teerã com a AIEA e o 5+1, no qual concessões iranianas seriam seguidas por uma redução gradual das sanções a Teerã.

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