Pátio de trens em British Columbia, no Canadá: polícia do país frustou nesta segunda um ataque terrorista contra um trem em Toronto (Andy Clark/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2013 às 09h16.
Teerã - O governo do Irã negou nesta terça-feira taxativamente qualquer vínculo com o frustrado atentado de ontem contra um trem de passageiros em Toronto, no Canadá.
As autoridades canadenses acreditam que o ataque foi planejado com o apoio do braço da Al Qaeda no país árabe.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, disse que o governo de seu país se opõe aos atos terroristas e ressaltou que "a mentalidade da Al Qaeda de nenhuma maneira se encaixa com a da República Islâmica do Irã", segundo o canal oficial "PressTv".
A polícia nacional do Canadá disse ontem que os dois suspeitos detidos tinham vínculos com "elementos da Al Qaeda dentro do Irã". Mahmanparast respondeu que a acusação é mais um exemplo da "iranofobia" do governo canadense.
"A República Islâmica do Irã é a maior vítima do terrorismo, no entanto, a administração extremista do Canadá vem incorporando a iranofobia nos últimos anos", declarou o porta-voz ministerial.
Mehmanpoarast condenou a política de "dois pesos e duas medidas" do Ocidente em relação ao terrorismo. O funcionário pediu ao Canadá e outros países ocidentais que deixem de apoiar atividades terroristas no mundo, especificamente na Síria.
O Irã respalda o presidente sírio, Bashar al Assad, enquanto a Al Qaeda luta contra o governante junto com a oposição síria, que conta com a simpatia de grande parte do Ocidente.
A polícia canadense, ao anunciar ontem que tinha frustrado um ataque terrorista contra um trem em Toronto, disse que a ação foi o primeiro atentado "apoiado pela Al Qaeda" contra um alvo no país.
Os dois detidos pela ação são Chiheb Esseghaier, de 30 anos, e Raed Jaser, de 35 anos, residentes em Montreal e Toronto, respectivamente.
A polícia informou que os dois detidos não são canadenses, embora não informou sobre sua nacionalidade nem os motivos de sua presença no país.