Pompeo: o secretário de Estado Afirmou que os EUA estão encerrando um tratado de amizade com o Irã (Alex Wroblewski/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de outubro de 2018 às 13h57.
Última atualização em 3 de outubro de 2018 às 15h46.
Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que, em meio à tensão com o Irã, deixará o tratado de amizade, relações econômicas e direitos consulares assinado em 1955.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou em entrevista coletiva o fim do tratado que havia sido utilizado pelo Irã para alegar violações na relação bilateral por parte do governo de Donald Trump.
A tensão entre os países aumentou de maneira considerável desde que Trump chegou ao poder, e principalmente depois de os EUA abandonarem o acordo nuclear com o Irã em maio.
.@SecPompeo: In light of how #Iran has abused the @cij_icj as a form for attacking the United States, I am therefore announcing today that the United States is terminating the Treaty of Amity with Iran. pic.twitter.com/AlPqUswsBC
— Department of State (@StateDept) October 3, 2018
Essa foi a reação de Pompeo à decisão que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) tomou nesta quarta-feira, dando razão ao Irã de forma parcial em uma denúncia apresentada contra os EUA pela reimposição de sanções após a saída do acordo nuclear.
Na sentença, a CIJ também ordenou que os EUA suspendam as medidas contra o Irã relacionadas à exportação de certos bens básicos.
"Os iranianos ignoraram o tratado durante muito tempo, deveríamos ter saído há décadas. Hoje (a decisão da CIJ) é um ponto muito útil para demonstrar o absurdo do tratado de amizade entre EUA e Irã", disse Pompeo.
A decisão da CIJ é provisória e atende a uma solicitação do Irã. Os magistrados exigiram unanimemente que os EUA garantam a concessão das licenças necessárias e autorizem as transferências de recursos para que esses bens básicos possam ser exportados ao Irã.