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Irã e Iraque registram protestos contra Israel e plano de paz de Trump

O "Dia de Quds" foi criado pelo aiatolá Ruhollah Khomeini no Irã em 1979 e apoia grupos militantes islâmicos palestinos

"Não ao acordo do século", diz cartaz no Irã sobre o acordo de paz de Trump no Oriente Médio (Meghdad Madali/Reuters)
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Reuters

Publicado em 31 de maio de 2019 às 11h52.

Dubai/Bagdá —  Dezenas de milhares de iranianos comemoraram o "Dia de Quds (Jerusalém)" na República Islâmica, nesta sexta-feira, e rejeitaram um plano de paz para o Oriente Médio que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , alardeou como o "acordo do século".

A televisão estatal disse que marchas patrocinadas pelo Estado estavam acontecendo em 950 comunidades de todo o Irã e mostrou manifestantes com cartazes com slogans como "Jerusalém é a capital eterna da Palestina" e "Morte à América".

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O plano de Trump é incentivar investimentos de países árabes doadores na Cisjordânia e na Faixa de Gaza antes de abordar as questões políticas que estão no cerne do conflito. Autoridades palestinas já repudiaram a proposta, acreditando que privilegiará Israel. O Irã disse que o acordo vai fracassar.

Manifestantes no Irã protestam em apoio aos palestinos e contra o plano de paz dos Estados Unidos

"Não ao acordo do século", dizia um cartaz exibido na tela do noticiário da TV estatal iraniana, que também mostrou uma marcha do Dia de Quds em Bagdá, capital do vizinho Iraque , onde milhares de combatentes das poderosas milícias xiitas foram às ruas.

"O Dia Al-Quds em Bagdá, em outras províncias iraquianas e em todo o mundo expressa rejeição ao 'acordo do século', que está sendo planejado por Trump para dissolver a causa palestina à sua maneira", disse Mo'een al-Kathem, membro do conselho provincial de Bagdá.

 

 

 

Manifestantes queimam bandeira de Israel durante protesto no Irã contra plano de paz dos EUA.

 

Combatentes iraquianos marcharam em uniforme de combate, mas estavam desarmados e não exibiram veículos militares ou armamentos pesados, em um contraste com anos anteriores, em que usaram a manifestação como uma oportunidade para mostrar sua prontidão de combate.

Os números foram condizentes com o comparecimento anual, mas chamou a atenção a ausência de líderes influentes que normalmente marcam a ocasião com discursos incendiários contra Israel e expressões de gratidão ao Irã por seu apoio.

O Dia de Quds foi instituído pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, líder da Revolução Islâmica de 1979 no Irã, e é realizado na última sexta-feira do Ramadã, mês muçulmano de jejum.

A oposição a Israel é um pilar do Irã, que apoia grupos militantes islâmicos palestinos e libaneses contrários à paz com o Estado judeu, que Teerã se recusa a reconhecer.

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