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Irã diz que novas sanções dos EUA violam acordo nuclear

O Irã já havia informado que irá se queixar ao órgão que supervisiona o acordo, sob o qual aceitou restringir seu programa nuclear por um alívio de sanções

Irã: durante sua campanha eleitoral, Trump chamou o acordo nuclear de "pior acordo de todos os tempos" (Getty Images/Getty Images)

Irã: durante sua campanha eleitoral, Trump chamou o acordo nuclear de "pior acordo de todos os tempos" (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 19h34.

O Irã informou que novas sanções impostas nesta quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quebram os termos de seu acordo nuclear com os EUA e outras potências mundiais, e prometeu uma resposta "apropriada e proporcional".

Trump, que durante sua campanha eleitoral chamou o acordo nuclear - negociado sob seu antecessor, Barack Obama - de "pior acordo de todos os tempos", sancionou as novas sanções ao lado de medidas contra Rússia e Coreia do Norte.

O Irã já havia informado que irá se queixar ao órgão que supervisiona o acordo de 2015 - sob o qual aceitou restringir seu programa nuclear em troca de alívio de sanções - sobre as medidas aprovadas no Congresso na semana passada em resposta a um programa de desenvolvimento de mísseis e abusos de direitos humanos.

"Em nossa visão, o acordo nuclear foi violado e iremos mostrar uma reação apropriada e proporcional a esta questão", disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, em entrevista à TV estatal, de acordo com a agência de notícias Isna.

Enquanto a Rússia reagiu às sanções expulsando funcionários da embaixada dos EUA, o Irã não possui relações diplomáticas ou ligações comerciais diretas com os Estados Unidos, então suas opções são limitadas. Araqchi disse que a resposta de Teerã será "inteligente".

"O principal objetivo da América em aprovar estas sanções contra o Irã é destruir o acordo nuclear e nós iremos mostrar uma reação muito inteligente a esta ação", disse Araqchi.

"Nós definitivamente não iremos agir de uma maneira que nos deixe emaranhados nas políticas do governo americano e Trump".

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