Mundo

Irã concede exploração de jazida de gás a empresas locais

Teerã - O Irã concedeu nesta terça-feira contratos para o desenvolvimento da gigantesca jazida de gás South Pars, no valor de 21 bilhões de dólares, a várias empresas iranianas, entre as quais figuram o braço econômico dos Guardiões da Revolução, informou a televisão estatal. "Os acordos, que incluem as fases de desenvolvimento 13, 14, 19, […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Teerã - O Irã concedeu nesta terça-feira contratos para o desenvolvimento da gigantesca jazida de gás South Pars, no valor de 21 bilhões de dólares, a várias empresas iranianas, entre as quais figuram o braço econômico dos Guardiões da Revolução, informou a televisão estatal.

"Os acordos, que incluem as fases de desenvolvimento 13, 14, 19, 22, 23 e 24 de South Pars, foram assinados entre o ministério de Petróleo, a companhia Idro, Petropars e Khatam al-Anbiya", indicou nesta terça-feira pela manhã o site da rede de televisão estatal.

No final do dia, os administradores do site corrigiram a informação, retirando apenas o nome de Khatam al-Anbiya do informe, sem nenhuma explicação.

Idro é um conglomerado que reúne os principais grupos industriais do Estado; Petropars é uma filial da Companhia Nacional Iraniana de Petróleo (NIOC) e Khatam al-Anbiya é o conglomerado industrial veiculado aos Guardas da Revolução, o exército ideológico do regime.

Diversos meios de comunicação iranianos haviam anunciado em várias ocasiões nestas últimas semanas que Khatam al-Anbiya obteria uma parte significativa dos contratos da South Pars, no Golfo.

Um funcionário do ministério de Petróleo havia anunciado no fim de maio que Khatam al-Anbiya figuraria no consórcio com a tarefa de retomar as fases 13 e 14, inicialmente concedidas aos grupos anglo-holandês Shell e espanhol Repsol, para logo depois retratar-se.

Teerã anulou os contratos de Shell e Repsol em maio pelo atraso dos grupos na realização dos investimentos previstos, consequência das sanções bancárias internacionais que pesam sobre o Irã por sua política nuclear e das pressões americanas para dissuadir as grandes companhias a trabalharem nesse país.

Khatam al-Anbiya, criada durante a guerra contra o Iraque (1980-1988) para ajudar na reconstrução do país, diversificou-se depois para a indústria e há alguns anos estendeu-se para o setor da energia.

Esta empresa, suas filiais, empreiteiros e dirigentes figuram entre as empresas incluídas nas sanções econômicas decretadas pelos Estados Unidos e pelos países europeus, além da ONU, devido ao programa nuclear do Irã.

O desenvolvimento das seis fases de South Pars, por um montante global de 21 bilhões de dólares, deverá ser concretizado num prazo de 35 meses, informou a rede de televisão.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaGásIrã - País

Mais de Mundo

Qual visto é necessário para trabalhar nos EUA? Saiba como emitir

Talibã proíbe livros 'não islâmicos' em bibliotecas e livrarias do Afeganistão

China e Brasil fortalecem parceria estratégica e destacam compromisso com futuro compartilhado

Matt Gaetz desiste de indicação para ser secretário de Justiça de Donald Trump