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Irã começou a produzir urânio, violando acordo de 2015, afirma jornal

O material, que pode ser usado para fabricar armas nucleares, está sendo usado para fins de pesquisa, de acordo com o país

Em resposta ao pronunciamento, o país afirma que o urânio metálido será usado para fins de pesquisa (Paulo Fridman/Getty Images)

Em resposta ao pronunciamento, o país afirma que o urânio metálido será usado para fins de pesquisa (Paulo Fridman/Getty Images)

KS

Karina Souza

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 16h03.

Última atualização em 13 de abril de 2021 às 14h16.

O Irã começou a produzir urânio metálido, violando o acordo nuclear de 2015, segundo informações divulgadas hoje pelo The Wall Street Journal. As informações têm como base um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (IAEA).

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De acordo com o relatório, o país produziu uma quantidade pequena de urânio metálico, depois de importar um equipamento para uma instalação nuclear em Isfahan.

Em resposta ao pronunciamento, o país afirma que o urânio metálido será usado para fins de pesquisa -- e não para fabricar bombas nucleares. Ainda assim, o relatório deixou diplomatas ocidentais em alerta.

Relembrando

No ano passado, o Irã negou a inspeção desses locais pela ONU por um período de sete meses. Na época, autoridades negaram a iniciativa de construir uma bomba nuclear e afirmaram que todas as atividades são direcionadas para fins pacíficos.

No entanto, a dedicação do país a intensificar esses trabalhos ainda chama a atenção. Principalmente por se tratar de um movimento que ganha força depois de o governo Trump retomar sanções ao Irã, depois de romper o acordo entre ambos os países em 2018.

De 2019 para cá, grandes potências têm pedido que o Irã coopere com as investigações da agência da ONU, cuja função é garantir que o material nuclear usado para fins civis não seja desviado para armas nucleares. Nesse sentido, o Irã deve declarar todo o material nuclear do país, como parte das suas obrigações internacionais. No ano passado, contudo, os estados membros do conselho da agência votaram pela censura ao Irã por não cooperar. Na ocasião, o país rejeitou a medida e foi apoiado pela Rússia e pela China.

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