O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad: mesmo com as sanções, país não deixa de aumentar sua atividade nuclear (.)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2010 às 16h48.
Viena - A produção total iraniana de urânio de baixo enriquecimento subiu cerca de 15 por cento desde maio, chegando a 2,8 toneladas, revelou nesta segunda-feira um relatório da agência de vigilância nuclear da ONU. O crescimento acontece apesar das sanções impostas à República Islâmica por seu programa nuclear.
O relatório confidencial, obtido pela Reuters nesta segunda-feira, também afirma que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) segue preocupada com a possível intenção do Irã de desenvolver uma bomba atômica.
A AIEA também manifestou preocupação com o que chamou de "repetidas objeções" aos inspetores da agência escolhidos para trabalhar no país, depois que o governo iraniano impediu a entrada de dois inspetores nucleares da ONU em junho.
"A agência rejeita as bases pelas quais o Irã tentou justificar a objeção", diz o documento, referindo-se também a outros casos em que o Irã rejeitou a visita de inspetores da AIEA.
"E também está preocupada que as repetidas objeções à indicação de inspetores experientes impeçam o processo de inspeção e prejudiquem as capacidades da agência de implementar salvaguardas ao Irã", acrescentou.
Potências ocidentais provavelmente vão considerar as descobertas do documento como uma comprovação das suspeitas de que Teerã deseja possuir um arsenal nuclear e enfatizar a necessidade de que o país aceite negociar para conter seu programa nuclear.
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